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Tuesday, January 16, 2024

Até postei no Face... pt3




Mais um da série: eu nunca imaginei...

Durante a pandemia passávamos de carro em frente à cidade administrativa quase todo dia para entreter o nosso filho pequeno, que ficava nervoso com o confinamento em casa.

E aqui estou trabalhando nesse prédio enorme.

Enorme, bem limpo e acompanhado de um pessoal muito gente boa.

Acho que eu sou um dos mais agitados/preocupados aqui. O pessoal é muito responsável e competente, mas transmitem uma tranquilidade enorme.

Isso é totalmente novo para mim.

A vida toda convivi com profissionais que por serem competentes, eram talvez excessivamente exigentes e eu dava o meu jeito de entregar ainda mais do que havia sido solicitado.

Nunca pensei nisso em termos de desgaste físico ou emocional, minha única intenção era entregar o máximo, na pior das hipóteses. A meta era sempre exceder, em muito, as expectativas.

Já aprendi de um dia para o outro as coisas mais incríveis para dar conta de exigências que talvez fossem descabidas, pensando com um pouco mais de calma.




Ainda é cedo para dizer o quanto de trabalho e responsabilidades eu vou ter aqui, mas é um fato que o ambiente de trabalho é muito mais tranquilo do que os que eu estou muito habituado: área musical e área acadêmica/científica.

Tirei a sorte grande. 




Niemeyer...  Uma das coisas mais interessantes da Cidade Administrativa de MG é que tem gente ligada a todo tipo de órgão do executivo, com suas respectivas doutrinas e culturas organizacionais.

Mas na hora do almoço, nos elevadores, nas áreas de convivência, todos meio que se encontram. Cada qual identificado pela forma de vestir, de falar, pelas cores dos crachás.

Em Brasília também é assim, mas numa escala bem maior, o que é bom e ruim, ao mesmo tempo.

Bom porque a cidade foi construída e habitada às mãos de forasteiros,  criando um misto de tais influências. Resumidamente, é a pronúncia incomum do brasiliense.

Ruim porque não há um centro de convivência didático e resumido como ocorre na cidade administrativa. Justamente porque Brasília é enorme e a cidade administrativa... nem tanto.

A maior vocação do brasileiro é fazer mistura.

Tanto que muitos chamam de mistura a carne ou alimento temperado que não seja feijão e arroz.

Tivemos o privilégio de ir às olimpíadas de 2016 e foi maravilhoso. Um clima de mistura maravilhoso. Era difícil dizer quem era gringo de tão misturados. Bem à moda brasileira.

O Brasil é muito maravilhoso com sua vocação para mistura.

Ainda mais quando pessoas tão diferentes se misturam enquanto escolhem a mistura do prato no self service.

 Coisas para pensar.

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