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Tuesday, January 18, 2011

Parêntese importante: O Amor é invisível para você?



Peço licença novamente aos amigos e fantasmas que frequentam este rebelde blog para fazer um parêntese muito importante ao que trataremos nos próximos dias. Hoje falarei, novamente, sobre o Amor.


O Amor tem sido injustamente tomado como pano de fundo para quase todas as vitórias e tragédias humanas que tornam-se dignas de serem perpetuadas. Contudo, poucos são aqueles que realmente têm conhecimento apropriado de tal Causa, apesar de Ele (o Amor) manifestar-se por toda parte, de tal sorte que é muito fácil vivenciá-Lo, desde que adequadamente sejamos capazes de percebermos sua sutil presença. Hoje tomaremos o Amor como pano de fundo para apresentarmos alguns conceitos muito pouco explorados à luz do cotidiano e vitais à percepção do que será exposto.



Amor, palavra indefinível, geralmente tem o sentido de "querer Bem", diríamos "querer o Bem", numa interpretação bem simplificada da Causa. Amor, em linguagem cotidiana, está quase obrigatoriamente associada a dois outros conceitos importantes -e sobre os quais esta breve dissertação objetiva-se- sensibilidade e reatibilidade.

Sensibilidade é simples de entender, diz respeito à capacidade dos organismos de perceberem aquilo que encontra-se ao seu redor de maneira a serem afetados pela sua presença. Reatibilidade, por outro lado, diz respeito às reações que o organismo toma ao ser impactado por um estímulo. Quanto mais complexo é o organismo, mais nuances é capaz de perceber. Por exemplo, um verme que vive dentro da terra normalmente apenas distingue claro do escuro, sem aperceber-se de formas ou cores. Por outro lado, um piloto de combate bem treinado é capaz de identificar elementos minúsculos em seu campo de visão com acurácia. Ou seja, sua sensibilidade é muito maior que a do verme subterrâneo. O mesmo podemos assumir para outros sentidos como a audição ou o tato; assim como para fenômenos psicológicos.



Quanto mais grosseira é a constituição psicológica do organismo, mais grosseira é a sua percepção. Ou seja, no caso mais gritante, encontramos seres que distinguem apenas categorias psicológicas inespecíficas, como por exemplo: medo, sono, fome, etc. Já no outro extremo poderíamos localizar grandes autores, cientistas e artistas, que conseguem facilmente perceberem diversas nuances de uma mesma questão, como por exemplo grandes cientistas sociais, capazes de significarem e re-significarem fenômenos sociais complexos como a necessidade -ou não- da propriedade privada.

Em nosso cotidiano somos bombardeados por luzes excessivamente coloridas e intensas, sons caóticos de amplitude descomunal, sentimentos rudes e excessivamente fortes etc. Tudo ao nosso redor cheira à insensibilidade. Se para o cego seria necessário um facho de luz de intensidade infinita para que ele pudesse vê-la, o que não é possível, ao verdadeiro clarividente luz nenhuma  é necessária -enxerga bem até mesmo com os olhos fechados. Deste modo, à medida em que o organismo evolui, vai tornando-se mais sensível, ou seja, mais voltado para o exterior e mais capaz de perceber em alto grau de realismo como verdadeiramente as coisas são; enquanto o mais grosseiro dos organismos é obrigatoriamente egoísta, egocêntrico, voltado para si mesmo e imerso em necessidades grotescas e absurdamente mais intensas do que o necessário. Na verdade, devido à sua falha em perceber nuances. Bom exemplo temos daqueles que têm problemas de audição: só escutam se o som tiver uma intensidade absurda e mesmo assim não percebem bem suas nuances e características, diferente de um outro, cujo ouvido é apuradíssimo, capaz até mesmod e classificar as diferentes formas de silêncio. O mesmo pode ser tomado, também, para todos os fenômenos psicológicos e espirituais.

Se mesmo para lógica muito simples já apresentamos dificuldades, o que dizermos da percepção de sutilezas espirituais...

Da mesma forma, existem organismos cujas reações são via-de-regra estereotipadas e inespecíficas, como por exemplo as estrelas-do-mar; indo até outros cujas reações são muito mais complexas e bem organizadas, como se citarmos, a exemplo, grandes poetas e poetisas. Se a uns a reação é imediata e inespecífica, num nível mais intermediário encontraríamos todos os complexos mecanismos de defesa como aqueles estudados pela psicologia, indo até uma situação onde a reação a um estímulo é completamente específica, ou seja, independe de condicionamentos prévios, mecanismos de defesa etc. Daí dizerem que os Munis* e em especial os seus Mestres serem capazes de conversarem com a pedra, o vegetal, animal, o humano e qualquer outro ser que apresente-se, por já dominarem uma linguagem específica a cada um que se lhes apresenta.

*segundo conta a Tradição, "Muni" significa "sábio, asceta contemplativo, silencioso, sábio solitário" e diz respeito a venerável grupo de seres que ao galgarem os degraus da evolução espiritual alcançaram um nível tal que lhes facultava a vida solitária em meio aos elementos da natureza por dominar sua linguagem.

Por falar em Munis, é sabido em conformidade com a Tradição que povo muito melhor civilizado e culturalmente avançado que o nosso reside no interior da Terra. O tema é complexo, mas em poucas palavras, apesar de indícios apontarem para uma constituição maciça do globo terrestre, a Tradição ensina-nos que em verdade nosso planeta é uma bola oca, sendo possível a vida na sua face interior, cujas condições são bem mais favoráveis à vida e onde residem os grandes Mestres da humanidade e aqueles que chegaram ao ponto de conhecerem a Causa do Amor. Como tal, são pessoas cujas faculdades mentais são muitíssimo desenvolvidas e cuja sensibilidade é tamanha a ponto de exceder os limites das sinapses nervosas. Assunto interessante, mas melhor se tratado em outra ocasião.

Também muito é mencionado em termos da infuência que tais seres exerceriam sobre nós, na face exterior da Terra. À sua influência podemos associar grandes mudanças nos paradigmas e pensamento ao longo das civilizações. Apesar de preferirem o exílio em seus continentes paradisíacos, tais grandes irmãos da humanidade insistem em ajudar-nos a mudarmos nossa forma de pensar, valendo-se dos elementos mais acessíveis no momento. Daí analisarmos um de tais mecanismos, a saber, o cinema das grandes produções.


Sobre o mecanismo capaz de tal comunicação, a resposta possível no momento é a mais simples de todas: Bem-Querer (Amor) a todos nós. O pensamento é a forma mais poderosa de influência; e quando ama-se, o pensamento torna-se muito mais proeminente. E movidos por um grande amor por todos nós, considerados seus irmãos por tais esplêndidos Mestres que fazem-se presentes em nosso cotidiano.

Os clipes ao longo deste texto encontram uma explicação bem simples neste link: http://www.fotolog.com.br/casadoari/76889273




Se realmente somos conhecedores da Causa do Amor, então o simplório videoclipe acima e os que deixaremos como treinamento ao longo do post são de facílima assimilação. Porém, conforme anotado no link acima, em muitas das vezes a reação observada é a de comentarem sobre a feição dos artistas (na época Marcinho e Cacau eram namorados), sua postura perante as câmeras, os efeitos visuais e de background, além da qualidade do arranjo e letra tomando como referência autores consagrados como Chico Buarque ou Ira Gerschwin. Ou seja, o Amor, gritante nos vídeos em questão está invisível (imperceptível) ao olhar comum.

Nossa sugestão?

Amar.

Amar.

E tentarmos enxergar o Amor ao ouvirmos uma música romântica, vermos uma foto de casal ou um filme que traga o Amor como pano de fundo ou elemento importante. O exercício é exatamente este: tentarmos evitarmos a distração causada pelos cenários às vezes precários, as dificuldades de composição musical ou articulação apropriada do idioma e concentrarmos num ente abstrato, mas evidente em todas as histórias de Amor: o Amor. Os que conseguirem atingir tal meta com perfeição poderão considerar-se, em parte, Dharanis da contemporaneidade, por serem capazes de orientarem seu pensamento sem que outros elementos o interrompam.

Isso mesmo, o Amor é melhor percebido à luz da mente do que à luz da emoção ou do corpo físico. A-M-O-R. Se dizem "amor" mas significando paixão ou qualquer outra combinação de instintos, condicionamentos e mecanismos de defesa, realmente, estes são mais visíveis à luz de processos mais simples como o sentimento ou emoção.

Claro que o Amor manifesta-se em tdos os planos, mas Seu Plano é mais próximo da mente que do coração.

Mas como tantos têm enormes dificuldades em concluírem que se 2+2=4 portanto 4-2=2, é de imaginarmos que tomem emoções grosseiras, instintos deificados e complexos conluios de condicionamentos e mecanismos de defesa, e nomeiem como sendo "amor". Tremenda injustiça!!

As mais belas declarações de amor são feitas sob a luz de uma lâmpada de 40 velas; ou em cenários inóspitos ao paladar rebuscado daqueles que falam sobre o Amor sem conhecimento de Causa.

Bom exercício a todos (que precisarem)!




Ariomester.