Em 200 anos, será 2224.
Evidentemente ninguém que conheço atualmente estará vivo até lá.
A razão de eu ter iniciado esse blog estranho foi esquisita.
Certa vez, em 2003 (eu acho) conversava com meu tio e ele disse que na época em que pessoas da atual Sociedade Brasileira de Eubiose foram fundar o chamado Sistema Geográfico do Roncador levaram, a pedido do Prof. Henrique José de Souza, uma caixa de metal dentro da qual foram colocados itens como jornais da época, creme dental e outros objetos cotidianos.
"Isso é para os arqueólogos do futuro, daqui a 2500 anos, terem alguma ideia do que era esse local e como as pessoas viviam".
"Arqueólogos do futuro..."
Como fã de Júlio Verne e Maquiavel (os autores que eu li mais vezes quando era criança), decidi escrever algo cotidiano em linguagem do futuro. Entender o que está por vir, sobretudo no que diz respeito à humanidade nunca foi difícil - eu já nasci trazendo essa capacidade inata. Quem sabe num próximo post eu fale mais sobre isso, né?
Então decidi escrever sobre o que acontece atualmente, mas numa linguagem que no futuro será corrente. O velho Maquiavel nos ensina a não deixar "arestas" em nossas estratégias e que uma boa estratégia é aquela que não parece ser estratégico, mas é.
O grande Julio Verne foi meu amigo durante a infância, por assim dizer. Li Volta ao Mundo em 80 Dias, Da Terra à Lua e Jornada ao Centro da Terra. Assisti muitas vezes 20 mil léguas submarinas e Volta ao Mundo em 80 dias (filme, de 1956).
Antecipando o que acontecerá daqui a bastante tempo, haverá uma forma de representar as pessoas e eventos de uma forma bastante fidedigna, impossível de se realizar atualmente.
Por exemplo, ao invés de entender que eu estou escrevendo um blog esquisito por ter acesso aos textos, como ocorre atualmente, haverá uma forma de criar uma duplicata holográfica de mim que interagirá com as pessoas de seu tempo como se eu estivesse lá, em pessoa. Conversarão com essa projeção e eu responderei quase exatamente como se eu, de fato, estivesse por lá, mesmo sobre assuntos que nunca vi - me apresentarão coisas diferentes e eu reagirei como se alguém do futuro me mostrasse algo futurista no tempo presente.
Isso será uma diversão e tanto para as crianças - e ressignificará em definitivo a noção de professor e escola.
Os pais poderão permanecer ao lado dos filhos todo o tempo, em função de tecnologias holográficas e isso mudará a humanidade por inteiro, ao menos a pequena humanidade, já que a grande humanidade, como descrito no post anterior, seguirá um caminho menos feliz e tecnológico.
Para ler, acesse esse link: O mundo daqui a 200 anos (na minha opinião) - parte 1 de 2
Mais que isso, poderão me acompanhar em muitos momentos, como agora, em que escrevo esta postagem. Poderão se ver dentro do meu estúdio, ouvindo César Menotti e Fabiano enquanto bebo uma lata de cerveja num domingo à noite. Será como se estivessem aqui e optassem se gostariam, ou não de interagir comigo - até mesmo sentir o gosto da cerveja, o frio imperfeito do ar condicionado e tudo mais.
Poderão inclusive criar, cada um em sua casa ("unidade duradoura", ou algo assim como será conhecido na ocasião), uma versão de mim para lhes acompanhar, conversar, discutir os mais variados assuntos.
Logo, quanto mais detalhadamente eu me mostrar, mais fácil será essa reconstrução.
Além disso, a linguagem sofrerá inúmeras mutações desde agora e até lá.
Na verdade, ela será o melhor indicador de tais mudanças. A linguagem expressa o pensamento coletivo, que é a raiz da humanidade. Ao contrário do que se possa imaginar, o pensamento coletivo não é resultado, mas origem da diversidade ideológica das pessoas.
O pensamento coletivo não é resultante de como os indivíduos, individualmente pensam, como se fossem ondas de rádio - mesma fase ampliando a crista ou o vale; fases diferentes tendendo à dissolução. E nem é como o Dr. Jung tentou explicar (inconsciente coletivo), como um conjuntos de símbolos primitivos que trazemos geneticamente.
Tais padrões não são genéticos, mas astrais e revelam a ligação do indivíduo ao coletivo. A humanidade veio de uma alma-grupo que foi se dividindo e individualizando a partir da associação de tais almas "individuais" à alma coletiva, que deixou de ser um ente objetivo, como as almas individuais, passando a uma abstração impossível de ser desfeita (o pensamento coletivo).
Através destas ligações invisíveis fluem ondas semelhantes a um pulso elétrico codificado (como ocorre nas transmissões por fibra ótica, por exemplo, mas com uma outra codificação), que condicionam o sujeito a se comportar de uma forma, ou de outra.
Quando o indivíduo, por ato de sua intenção, no exercício do seu livre arbítrio passa a prestar atenção em alguma coisa, ou em algo, ele sem se dar conta faz com que a sua alma seja ligada a diferentes versões ou estratos do pensamento colevito. Se começa a interagir com ódio, mesmo que páre de interagir, condicionou a sua ligação ao pensamento coletivo assimilar pensamentos e sentimentos de ódio, que o perseguirão continuamente até que, por esforço único e exclusivo do sujeito, no exercício do seu livre arbítrio, afaste-se de determinado tipo de pensmento e se ligue a outro.
Assim, a forma como falamos revela muito do pensamento coletivo; assim como todos os nossos hábitos e práticas culturais, das quais derivamos por alteridade o nosso próprio pensamento e noção de eu. Contudo, é facultado ao ser humano agir mesmo em contrariedade ao pensamento coletivo, comot emos visto acontecer aos montes.
Pode-se forçar mudanças na forma de comunicação (utilizando linguagem neutra, por exemplo), ou na forma de se pensar (através da ideologia de gênero ou teologia da prosperidade, por exemplo), mas que não encontram respaldo no pensamento coletivo. Este se manifesta a partir da reação das pessoas e do próprio karma da humanidade como um todo e explica eventos curiosos como as Guerras Mundiais ou mesmo pandemias como a de covid-19.
A psicologia evoluirá imensamente ao longo dos próximos 100 anos, mas em pouco ou nada assemelhará ao que atualmente consideeramos ser psicologia, assim como ninguém mais cogita viajar para a Europa num navio de madeira, como era corrente no século XVII. A aeronave substituiu o navio de aço, que era uma atualização do design do navio de madeira. Apesar de o avião não guardar grande semelhança aerodinâmica ao navio, em termos de transporte acabou por exercer a exata mesma função: levar pessoas e cargas, por exemplo, atravessando distâncias oceânicas.
Construtos que atualmente não podem ser mensurados (por exemplo, inteligência) serão avaliados como se estivesse medindo a quantidade de gordura no sangue. As próprias relações entre as pessoas, resultado do pensamento e emoção de cada uma serão ressignificadas a partir das mensurações de campos psicológicos ("aura") ou algo que terá um nome parecido com esse.
O mundo será dividido em dois grupos: num deles há inimigos e abusadores à espreita. No outro, pessoas que se ajudam e são amigas. Curiosamente, um grupo não interagirá com o outro e nem disputará bens ou recursos naturais.
Na grande humanidade, a inteligência tende a reduzir, até o ponto em que os sueitos serão estúpidos demais para operarem suas máquinas, recrudescendo as relações e a forma de viver. Na pequena humanidade será o oporsto - testemunharemos o nascimento de gerações cada vez mais inteligentes, sensíveis e pacíficas.
Talvez a viagem espacial se torne algo de certo modo corriqueiro, contando até mesmo com excursões escolares indo visitar asteroides ou planetas vizinhos, como marte. A humanidade não irá morar no espaço, mas o ocupará assim como fez com o oceano.
Nesta jornada duas coisas podem acontecer: desencadear uma polêmica que tomará proporções globais acerca do destino das sondas Voyager. Elas representam a disposição da humanidade em viajar pelo espaço, conhecer novos planetas e ate mesmo outras civilizações.
Um grupo irá pedir que as sondas sejam resgatadas e adicionadas a um museu terreestre. Outro grupo irá advogar a favor da permanência da sonda em sua missão, como forma poética de manter as coisas da forma como o pensamento coletivo da ocasião determinar.
Outra coisa interessante será a descoberta do chamado Quinto Sistema de Evolução. De exploração em exploração, acabrão por encontrar planetas habitáveis orbitando estrelas relativamente próximas e um dos melhore splanetas a se ocupar será aquele conhecido hoje como sendo o Quinto Sistema de Evolução.
Para lá migrarão elementos da pequena humanidade e aos poucos outros também viajarão até lá, formando cidades e grupos em desenvolvimento naqueles locais. Daqui a bilhões de anos, quando o nosso sol não for mais capaz de sustentar a vida, a humanidade continuará por lá, mas uma vez que a vida consciente já se instalará por lá, haverá um ganho em tempo surpreendente.
Isso porque por vias naturais, haveria a dissolução do atual sistema solar, com fragmentos da Terra sendo jogados espaço afora por períodos inimagináveis de tempo, até que caiam em algum outro sistema solar; ou em virtude de processos tectônicos e atmosféricos a vida surja, como aconteceu por aqui, inicialmente contando com apenas organismos bastante primitivos que ao longo de bilhões de anos vão transformando-se geração a geração até em algum momento, com toda sorte a nossao favor, ecloda uma humanidade muito primitiva...
Mas à medida em que pessoas conscientes (muito conscientes, na verdade) se mudarem para um outro sistema solar, todo esse tempo será abreviado e por conta disso, até mesmo eventos cósmicos e siderais que não aconteceriam de forma alguma podem acontecer. A antiga Teosofia de Blavatsky dava a esses eventos o nome de "cadeias".
As relações sociais sofrerão mudanças drásticas ao longo dos próximos séculos. Isso será, talvez, o fiel da balança para a grande separação de humanidades. Um outro grupo, cada vez mais violento, menos empático, mais maldoso vai sentir muito mal em conviver com outro grupo, quase diamentralmente oposto - pessoas infinitamente pacíficas, tolerantes, dóceis, inteligentes.
Em relação à grande humanidade, podemos dizer que terá poucas melhoras em relação ao que conhecemos atualmente. Já a pequena humanidade de fato mostrar-se-á algo diferente.
Por exemplo, recentemente, câmeras de segurança filmaram o momento em que um assaltante foi baleado por uma de suas vítimas. Um enorme número de pessoas sentiu-se realizada, feliz, eufórica com o assassinato do rapaz.
Certa vez eu escrevi num post desses de Instagram, apenas pelo hábito de testar as pessoas, mais ou menos o seguinte "gostaria de ver a cara de vocês rindo da mãe desse rapaz no seu velório; quem sabe ela vai rir e comemorar com vocês? Ou não?".
Eles ficaram bravo comigo. Cãezinhos fofos disfarçados de gente.
Os cachorros aqui de casa têm mais empatia que essa gente toda. Por isso é muitas vezes mais provável que os nossos cães evoluam em uma encarnação o suficiente para encarnarem como filhos dessas pessoas da grande humanidade, enquanto seus entes queridos vão perdendo, assim como eles, o direito a regressarem a este mundo, mesmo que seja para sofrer.
Esse parágrafo abrirá a terceira parte (de 2) dessa conversa esquisita e improdutiva.
Eu costumo dizer que "não tomo ninguém por discípulo" exatamente porque não quero interferir nestes processos. Lamentavelmente muitas pessoas que conhecemos e até gostamos não logrará êxito em reencarnar, tornando-se uma alma penada cujo desmantelamento é o único destino possível.
O mundo do futro será extraordinariamente ecológico e sustentável. As melhores soluções sustentáveis atualmente em uso vão parecer tinta contendo chumbo na sua composição quando comparadas ao que está por vir.
Por falar nisso, a vida será ampliada para muito mais tempo do que se vive hoje em dia. Pessoas alcançando 200 anos ou mais, daqui a alguns séculos não será nada estranho. Isso devido à alimentação, ao ambiente purificado e controlado em termos de energias e ondas de rádio, a fora leve de se levar a vida, o ambiente tranquilo e com "todo o tempo do mundo" para o que se quiser fazer.
Um dos sinais de mudança que anunciará esta nova era diz respeito às crianças.
Muitos pais (eu, inclusive) têm enormes dificuldades em criar os filhos.
Criar filho é muito fácil, quando o mundo ao redor permite que isso aconteça. Mas não é o caso - temos visto, ao contrário, as forças de mercado e sociais oprimirem cada vez mais os pais, constragerem as crianças e dificultarem de toda forma a criação das crianças.
Chegará um momento em que isso começará a mudar - os pais e seus filhos serão valorizados e a sua criação bastante facilitada. Os pais serão tidos em alta consideração por todos e esse momento marcará a primeira grnade ruptura entre humanidades.
Daqui a 200 anos haverá tanta automação que as pessoas passarão muito tempo realizando tarefas manuais simplesmente pelo gosto em realizá-las. Será muito comum convidar amigos para comer em casa a comida que foi até mesmo plantada e cultivada ali. A música, artes e tudo quanto seja humano, feito por pessoas imperfeitas de carne e osso presencialmente, como a ciência, filosofia, literatura etc. será extremamete valorizada, ao menos na pequena humanidade.
Muito mais distante iniciar-se-á o culto ao karma, ou das concidências da vida.
Será um mundo bastante descomplicado e lógico, em que jogos de poder e dominação não farão sentido. A não ser para a grande humanidade...
Coisas para pensar.
1 comment:
Show, muito lindo!
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