"Os cachorros aqui de casa têm mais empatia que essa gente toda. Por isso é muitas vezes mais provável que os nossos cães evoluam em uma encarnação o suficiente para encarnarem como filhos dessas pessoas da grande humanidade, enquanto seus entes queridos vão perdendo, assim como eles, o direito a regressarem a este mundo, mesmo que seja para sofrer."
O que seria do mundo sem o sofrimento?
A resposta para esta questão define de forma bem confiável as pessoas afinizadas à grande ou à pequena humanidade.
Para as pessoas mais brutas, a vida é sofrimento; amar é sofrer; para se realizar é preciso sofrer; viver bem é ser sacrificado; vencer na vida é sofrer e fazer outros sofrerem - "no pai, no gain".
Para as pessoas evoluídas, o sofrimento é uma medida do quão equivocadas são os métodos e soluções que utilizamos.
Imagine que exista uma panela para cozinhar, mas ela não tenha cabo e portanto, para cozinhar precisaremos pegar a panela quente, sem pano ou luva alguma. Ou seja, sempre queimaremos a mão para nos alimentar.
É intuitivo providenciar um cabo ou luva para resolver a questão e cozinhar não ser sinônimo de sofrer. A maioria das pessoas faria assim, pela simples razão de já terem visto panelas com cabos. Caso contrário, talvez existisse até mesmo um culto secreto religioso dedicado à religião das queimaduras nas mãos; rituais de passagem em que crianças e adolescentes queimarão as mãos pela primeira vez; penalidades para as pessoas que não se sujeitarem a queimar as mãos etc.
Tudo facilmente resolvido com um cabo de panela.
A vida que conhecemos atualmente é repleta de panelas quentes sem cabos. Mas a diferença é que as pessoas não querem parar de queimar as mãos e via de regra, combatem quem tenta lhes instruir ou evitar queimar a própria mão.
Vemos isso na política brasileira (por exemplo).
Candidatos como o atual presidente (Lula), os anteriores (Bolsonaro, Dilma, Temer, FHC etc) defendendo modelos de governo e gestão econômica trágicos para o Brasil receberendo quantidades expressivas de votos e apoio popular; enquanto nomes qualificados, como Ciro gomes, Darcy ribeiro, Brizola, Enéas e tantos outros que trazem ou traziam soluções eficazes para o desenvolvimento do Brasil são combatidos e considerados "chacota".
Vemos isso nas relações de trabalho (por exemplo).
Recrutadores e empresas cada vez exploram mais as pessoas, que ao invés de reclamarem, se oferecem em sacrifício aos milhões, gritando serem "empreendedores", "pessoas de sucesso" etc. São descartáveis, trabalharão até a morte e muitos começaram a se suicidar quando entenderem que não mais terão como trabalhar, por terem substituídos por outros mais jovens, ou que mantenham relações pouco éticas junto aos seus gerentes e supervisores.
Vemos isso na produção artística, científica e tecnológica.
Para não cair no óbvio de retratar a música das massas, que versa essencialmente sobre dor, sofrimento, desgraça, traição etc. vamos falar sobre filmes e seriados produzidos por "pessoas esclarecidas" e bastante celebrados pelos "intelectuais". Veja quanta tristeza, ódio, destruição e morte é retratada em tais obras. Ao invés de se esforçarem para retratar o Amor, a vitória, a superação, a conquista de objetivos importantes para a humanidade, é retratada a miséria, a desgraça, o crime, a morte, a pronografia etc.
Para não cair no óbvio de falar sobre a subescolarização promovida por "cursos" online, faculdades e escolas de qualidade questionável e dicas, stories e coisas afins por influenciadores digitais. Vamos falar sobre os impecilhos que os pesquisadores e professores infligem aos alunos de graduação e pós graduação que desejam explorar questões ainda pouco estudadas, ou aprimorar conhecimentos relevantes. E dão com os burros n'água por conta de uma infinidade de burocracias e incapacidades de gestão promovidas por tais gentes, que delas se orgulham. É preciso sofrer para aprender, sofrer para pesquisar, sofrer para tudo.
Infelizmente estamos tão adiantados tecnologicamente que o sofrimento está desaparecendo.
Veja o vídeo mais acima neste post e entenderá. Uma jovem de 14 anos fez um implante coclear e começou a escutar. Não é um caso raro ou estudo experimental - é algo até certo ponto rotineiro.
Imagine todo o sofrimento que ela teria por ser surda, ao longo de uma vida sendo dissipado por um implante que a faz ouvir, falar e isso mudar completamente os rumos da sua vida.
Imagine que soluções de reparação genética estão em desenvolvimento e daqui a algum tempo, com uma injeção será possível "corrigir" o DNA da pessoa, erradicando uma infinidade de problemas de saúde.
Imagine que nem tão longe assim, talvez ao redor de 2050, seja usual nos exames de pré-natal a verificação e correção de eventuais anomalias de formação do embrião, de modo que todas as crianças nascerão perfeitas e caso venham a manifestar alguma doença de origem hereditária ou genética, poderá ser corrigida por injeções e terapias na infância, adolescência ou vida adulta.
Imagine que daqui a um tempo tenha ficado claro o papel nocivo que as ondas de rádio nas frequências e intensidades transmitidas na superfície e órbita da Terra têm na vida humana. E portanto, que até mesmo este tipo de coisa precisará ser regulada, fazendo a atmosfera mais saudável para todos.
Pergunto: à luz do karma, faria sentido alguém que para reencarnar só poderia fazê-lo através de uma vida de sofrimento, encarnar num corpo perfeito e num mundo sem dor e sofrimento? Não.
Logo, muitos dos que vemos hoje em dia não mais encarnarão, pois no tempo em que conseguiriam reencarnar, não existirá mais sofrimento para lhes assegurar nova encarnação. Vão ficar pairando ao redor do mundo até desaparecerem por ausência de reencarnação.
Em seu lugar, nascerão cada vez mais pessoas sadias, capazes e sensíveis. Não é ao acaso que as gerações mais jovens pensem de forma tão diferente das anteriores; que tenham tanta facilidade em aprender e a se relacionarem; se rebelem com tanta facilidade em relação ao sofrimento imposto por métodos educacionasi obseletos, trabalhos inúteis ou desgastantes, perspectivas de vida calcadas no sofrimento (por exemplo, "sofrer para aposentar e morrer").
Chamados por "geração Z, geração Y" ... o nome é irrelevante.
São gesrações cada vez mais empáticas, delicadas e capazes.
Em contraposição há, ainda a narrativa do sofrimento. Mas à medida emq ue o sujeito defende o sofrimento e ao mesmo tempo se beneficia da redução do sofrimento, existe uma incoerência perigosa. Essa incoerência é capaz de destruir por completo a mente do sujeito, como veremos acontecer aos montes.
A humanidade do futuro será altamente coerente - não mais utilizarão "dois pesos, duas medidas". A lógica será a base de toda a sociedade, mas não de uma forma racional e fria.
Ter amigos e se divertir é muito importante, logo, é imperativo que isso tenha um lugar de destaque na sociedade; até porque não faltarão máquinas e inteligência artificial para cuidar de toda a parte operacional, como plantar, colher, limpar, construir etc.
Os valores do final do século 21 e que serão vigentes dali em diante serão similares ao que os defensores do "viver é sofrer" mais têm combatido: a vida como um palco para nos divertirmo e realizarmos; para encontrarmos amigos, vivermos grandes aventuras, grandes amores e no processo deixarmos um legado.
Não existirá mais foco em corporações e organizações, mas nas pessoas. As organizações e corporações serão apenas mais um dos braços da automação extensiva que veremos se estabelecer.
O mundo será, obrigatoriamente, multipolar.
Com o passar do tempo, cada local se especializará em alguma atividade, de mesmo grau de intelectualidade. Alguns locais terão excelência em artes; outros, em medicina; outros em computação e assim por diante.
Novos meios de transporte e teleconferência holográfica associada a realidade virtual/aumentada farão as distâncias desaparecerem. Uma pessoa poderá facilmente ir de um lugar a outro do mundo em minutos, como quem pega um táxi para o centro da cidade e depois volta para o seu bairro.
Esse tipo de mundo será insuportável para os ilógicos, defensores do "viver é sofrer" e não por acaso a grande humanidade experimentará muitos problemas, conflitos e sofrimentos, por se recusar a abdicar do sofrimento a favor de uma vida plena.
Coisas interessantes para se pensar.
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