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Thursday, July 11, 2024

O invisível aos olhos é sensível ao coração (e vice-versa)

 


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O quanto uma pessoa é verdadeiramente espiritualizada pode ser inferido a partir da sua relação com o meio ao seu redor, em especial considerando questões espirituais, como variações na expressão da bondade, maldade, sensibilidade, inteligência, empatia etc.

Tudo aquilo que transcende o indivíduo pode ser considerado, de certo modo, espiritual.

Um grupo de pessoas relacionadas entre si, por exemplo, expressa maior espiritualidade do que uma pessoa em separado. A mente é coletiva, sendo, portanto, o individualismo uma ilusão.

Mesmo entre pessoas que vivem isoladas em meio à natureza, ninguém está de fato sozinho; os famosos ascetas (ou Munis) das tradições orientais, pessoas de inacreditáel desenvolvimento intelectual, emocional, espiritual que viviam isolados em cavernas e florestas nunca estiveram, de fato, isolados.

A mente é coletiva e portanto eles sentiam-se ligados a todas as pessoas da Terra; e até mesmo aos animais, plantas e tudo mais ao seu redor. Estavam integrados ao passado, presente e futuro; ao calor, ao frio, a todos os ciclos naturais e até certo modo capazes de sentir, em seu próprio corpo e mente os movimentos dos planetas, cometas e outros corpos celetes como sentimos o ar fluindo através da nossa traquéia indo e vindo dos pulmões.

Um grupo de pessoas não é espiritual por causa daquilo que as pessoas do grupo conversarm ou fazem; ao contrário, elas conversam e fazem aquilo que a mente coletiva lhes faculta fazer e dizer.

A mente coletiva tem um ritmo próprio, uma vida própria imposto aos sujeitos.

Se por algum fenômeno atmosférico a quantidade de oxigêncio caísse para 1/100 do valor atual, é provável que todos nós e a maioria das formas vivas moerram, como aconteceu quando o oxigênio substituiu o enxofre, nitrogênio e outros compostos que constituiam a atmosfera primitiva da Terra.

Isto é, uma imposição nem sempre se trata de uma ordem ou convenção humana. Aliás, aquilo que os humanos combinam entre si é o que de mais fraco existe na ordenação universal das imposições.

Uma estrela impõe que os planetas a orbitem, queiram eles ou não. E em virtude da sua massa e da massa dos planetas (o seu "jeito de ser planetário", por assim dizer), o planeta seguirá órbitas bastante erspecíficas às quais não caberá, de sua parte, recurso impetrado em contrário. A estrela é soberana.

Se nesse planeta existe um grupo de pessoas que duvida da existência do sol, que tenham sorte em sua vida. A estrela continuará ordenando as órbitas dos planetas e lhes ditando o destino, incluindo aqueles sobre a superfície do qual conspiravam, vaidosos, contra a estrela que lhes deu a vida.

E do ponto de vista da estrela, tanto faz se gostam dela, ou não; se acreditam nela, ou não; se algo teriam a dizer a ela, ou não. Ela seguirá soberana impondo a todos as consequências de suas emanações e de sua gravidade.

Pouco importa, à estrela, se as pessoas se machucam sobre a Terra; se constroem casas ou carros; se brigam, mentem, traem ou enganam umas as outras; se são felizes; se têm algo a comemorar... isso não importa para a estrela, cuja consciência poderia estar associada à sua gravidade e calor, ou como os antigos diriam, Fohat (gravidade) e Kundalini (calor).

A própria consciência da estrela é quem faz possível a mistura de Fohat e Kundalini, ou seja, a "verdadeira" estrela não é a que vemos no céu, mas uma outra existente à luz das consciências, como se num plano que permeia o nosso sem nele tocá-lo.

Uma vez que tal plano ou realidade é composta por energias, ciclos ou até mesmo partículas que não interagem com os prótons, neutrons e elétrons que nos constituem, é natural que seja-nos completamente invisível. Só é possível ver uma estrela porque a sua luz interage com o material do sensor, seja o vidro ou mesmo o olho humano.

Se a luz da estrela atravessasse diretamente a matéria, sem interagir com ela, seria impossível supor a sua existência a partir do plano sensível (dos sentidos). Tudo pareceria escuro e inerte, como ocorre ao olharmos para o espaço interplanetário.

Existem situações em que estes universos se encontram, o que só poderia ocorrer à luz dos processos quânticos. Isso porque se nossa constituição é probabilística ou determinística, os processos quânticos, como a trajetória dos elétrons ao redor do núcleo do átomo são estocásticos, isto é, não podem ser determinados a priori, como são as órbitas de planetas.

Indo ainda mais, poderíamos supor que talvez exista uma realidade em que as possibilidades não-realizadas entrelacem-se formando algo caótico e não-reagente com aquilo que se concretizou, como sendo um tipo de vir-a-ser. 

Os antigos, religiosos e absolutistas como eram, deram a tais coisas os nomes de "Tronos". 

Trono é onde o regente se senta e de lá determina suas imposições, sejam elas boas ou más - sempre absolutas.

O nosso Trono é o chamado Terceiro Trono. Além dele existiria o chamado Segundo Trono e acima deste o Primeiro Trono. Além do Primeiro Trono, nos ensinam os antigos, é impossível determinar devido às nossas limitações de percepção. 

O nosso universo todos conhecemos bem (assim espero) - apenas uma possibilidade concretiza-se por vez. Se jogamos uma boa para o alto, ela cairá somente em um ponto da superfície. Podemo (ou não) determinar, antes de lançar a boa ao alto, onde cairá, mas é certo que ela não cairá em dez lugares simultaneamente.

No chamado Segundo Trono, a bola poderia (ou não) cair. Isso quer dizer, a relação direta entre evento-consequência não está mais tão rigidamente estabelecida, tendo como consequência, o surgimento de um tipo de mente coletiva ou consciência coletiva.

Não existem bolas no Segundo Trono, pois que a existência de bola subentende uma infinidade de relações evento-consequência. Por exemplo, a bola é formada por moléculas, que são formadas por átomos. Ainda que a posição do elétron não seja determinada antes da sua efetiva medição, o átomo é menos estocástico que o elétron.

O átomo possui afinidade eletrônica, isto é, se liga a alguns átomos e a outros, não.

Ainda assim, por exemplo, muitas coisas possuem átomos de carbono e ainda que seja o mesmo tipo de átomo, as diferentes possibilidades de configuração molecular levam a diferentes objetos e materiais.

Mas à medida em que átomos se reuniram em moléculas para formar couro de animal e este forjou uma bola, é razoável assumir que muitos processos determinísticos foram levados a efeito - os átomos da bola não estão desintegrando; nem as moléculas, nem mesmo as órbitas dos elétrons.

Logo, aquilo existente no chamado Segundo Trono não pode ser algo material nos termos em que concebemos as coisas materiais.

A consciência, por sua vez, é um ente típico do Segundo Trono. À consciência, por dfefinição, não cabe o seguimento de um traçado pré-determinado. Ou seja, a noção de livre-arbítrio é a própria noção de consciência.

Ilustrando de forma "boba" (fácil de entender, analogicamente): se uma criatura possui conscinência, significa dizer que toma decisões. Alguém que nada decide, seguindo cegamente um caminho sem que sequer se dê conta de que adentrou num determinado caminho e não em outro não pode ser considerado consciente.

A consciência subentende a multiplicidade de realizações possíveis. Por exemplo (de volta a um exemplo bobo): se escolhemos tomar sorvete, ao invés de comer churrasco ou andar de moto, estamos considerando algumas possibildiades (tomar sorvete, andar de moto, comer churrasco, no caso). Não são, a rigor, mutuamente excludentes, mas vamos supor que só pudessemos realizar uma de tais coisas por vez. 

Logo, haveria uma escolha que evidentemente traria consequências diferentes das outras. A consciência não está na seleção ou decisão, mas na percepção de diferentes caminhos e possibilidades.

Ou seja, se a mente é coletiva, tal mente coletiva pode ser denominada consciência, em que cada indivíduo acaba por ser uma particularização (ou decisão) de uma consciência diante de diferentes caminhos  a seguir.

A limitação geográfica e cronológica pode nos impedir de andar de moto e de avião ao mesmo tempo, tendo que escolher qual andaremos primeiro e onde andaremos. Mas à luz de um "vir-a-ser" indiferenciado, tais possibilidades apresentar-se-iam como concorrentes, isto é, presentes simultaneamente, variando em gradação, intensidade mas coexistindo.

Logo, uma criatura viva à luz do Segundo Trono não perceberia a passagem do tempo e nem a separação geográfica; em nossa perspectiva, seria algo como onipresente justamente por não estar limitado (como estamos) ao tempo e ao espaço. Tal criatura decidiria a partir de diferentes critérios se comparados aos nossos, justamente por estarmos limitados pelo tempo e pelo espaço.

Assunto interessante. Já temos acima muito o que refletir a respeito - deve bastar. 


PS - meus sinceros agradecimentos ao Mestre do V Sistema de Evolução que me dissuadiu, da forma elegante como de costume, de redigir o texto que pretendia, no lugar deste. Muito obrigado, Mestre.


Além de não ter com quem conversar...


Nunca me convidam para fazer coisa alguma.

Duas semanas atrás fui convidado para dois velórios diferentes, de dois pais, um deles meu tio.

Eu falo muito sobre a morte, não é mesmo?

Sobretudo da minha própria morte. 

Por muitos anos não entendi essa fixação na morte, em especial na minha, mas agora cho que consigo entender melhor.

Eu não tenho medo de nada, nem mesmo de morrer, mas gostaria de continuar vivo ao menos até os meus filhos se tornarem plenamente adultos. Até o ponto em que não precisem mais de mim ou eu não venha a fazer diferença em suas vidas.

Mas o que acontece depois que morremos?

Existe uma separação de consciências em virtude do falecimento do corpo. Os sentimentos, ideias, lembranças que estavam associadas ao cérebro que morreu deixam de existir imediatamente; as que eram persistentes, como traços de personalidade ou formas de reagir ao ambiente levam mais tempo para se dissiparem e inevitavelmente transformarem em tendências.

Uma alma que separou do corpo há muito tempo não mais trará lembranças da vida anterior - nomes, endereços, situações... mas ainda reagirá exatamente como quando estava em vida.

E a chamada consciência superior, que é algo como o sol para a alma e o corpo... se afasta indo iluminar outro corpo que possua uma alma encarnada; a não ser que a alma (ou seja, o conjunto de tendências persistentes) tenha se desenvolvido de modo a não ser separado da consciência superior, ou espírito.

São bem raros casos de pessoas "eucarísticas", ou seja, cujas almas estão de certo modo vinculadas à centelha espiritual. Tais gentes, com frequência são chamados por "Adeptos da Boa Lei", ou simplesmente "Adeptos".

Costumam ser muito úteis, ajudam a todos, por vezes até se sacrificam em prol do progresso do gênero humano, mas normalmente preferem ajudar sem precisarem se sacrificar no processo.

Quem, de fato, reencarna, é a centelha espiritual, ou Mônada, para utilizar um termo pitagórico). É ela que se mantém intacta entre as diferentes encarnações, se comparada ao corpo que se desfaz e à alma que se desagrega, inevitavelmente.

Quanto mais tempo uma alma demorar para reencarnar, maior a chance de sua degradação se tornar irreversível e ela ser perdida. Mas ao reencarnar, a alma não trará todas as lembranças  e aprendizados de sua vida anterior; mas em linhas gerais, a forma de reagir ao mundo, a inteligência, curiosidade e sobretudo, caráter.

Caráter é um sinônimo de alma e é, também, a característica mais durável deste ente espiritual. Por isso que as doenças de caráter são, a bem dizer, incuráveis.

Quando alguma pessoa de grande valor morre, sua alma pode ser recolhida para regiões astrais que irão reduzir ou impedir que a degradação das memórias e aprendizados ocorra rápido demais. Esse valor não é determinado pelo quanto tal pessoa ajudou ou fez pelas outras; mas pela firmeza de caráter ao longo da vida e pelo grau de sofisticação que exibiu, isto é, o grau de aproximação desta alma à centelha divina (Mônada).

Quanto mais próxima da eucaristia for uma alma, mais valiosa será e mais seres se importarão em guardá-la bem. 

Logo, uma pessoa pode viver em completo isolamento e ainda assim ser, à luz da evolução, muito mais importante do que alguém famoso, que exercia filantropia, descobriu coisas importantes etc.

Fica para uma próxima conversa o quanto o mundo nos convida, cada vez mais, a abdicarmos da busca pela perfeição de caráter e eucaristia a favor de "prêmios" (como likes, inscritos, clientes etc) que fazem sentido na sociedade atual, mas não representam grande coisa à luz da espiritualidade. E o quanto pessoas até bem intencionadas têm perdido encarnações ao se dedicarem excessivamente a tais práticas em detrimento de outras mais espirituais, como o refinamento das atitudes, o predomínio da mente, bondade e intuição em contraposição aos indicadores linguísticos, idiomáticos, iconográficos e semânticos de sucesso cocnebidos à luz de "influeciadores digitais" e grandes corporações. Coisas aí para pensar.

Simbolicamente, a eucaristia tem sido representada pelas princesas dos contos de fadas, que ficam encasteladas, submetidas a torturas, dragões, bruxas malvadas sendo salvas por príncipes encantados em seus cavalos brancos.

A princesa é uma figuração da própria Mônada, ou razão-de-ser das coisas vivas; aquilo que coloca a matéria em movimento e sem a qual há a morte, em todos os sentidos. O castelo é o corpo causal, ou invólucro energético que funciona como interface entre o plano espiritual e o intermediário, ou astral.

Deveria existir um castelo para o príncipe, que representa a alma, com seus instintos domados e purificados (o cavalo branco), que enfrenta o mundo material (os desafios, dragões, bruxas, florestas sombrias etc), até encontrar a princesa. Isto é, se fazer digno dela e com ela "viver felizes para sempre".

Ou seja, eucaristia.

Voltando ao dia em que irei morrer e a impossibilidade de adiantamento dele.

Evidentemente eu serei vítima de alguma coisa idiota. Tipo um alimento estragado, algo bobo, imprevisível e inevitável assim.

Já morri e revivi em vida muitas vezes, mas fisicamente ainda sou o mesmo.

Assim que o cérebro deixa de funcionar, é como um grande reinício de tudo, caso ele seja religado.

A tecnologia médica atual não é capaz de fazê-lo, mas pode ser que daqui a muito tempo isso seja viável. Mas curiosamente, o mundo evoluirá tanto até lá que será mais fácil viver 200 ou 300 anos semprecisar ser revivido;  e depois ter nova encarnação do que morrer e ser revivido.

Ao se desligar o cérebro, os condicionamentos e memórias procedurais que foram implantadas durante a infância serão apagadas. É uma espécie de "reset".

Em nosso tempo, dada a impossibilidade de reviver o cérebro, aquele que morre perderá tudo. Mas falando teoricamente...

Seria, talvez, a única forma de reiniciar os processos emocionais, traumas e impecilhos que nos impedem de vivermos plenamente. Repito - atualmente não há retorno para a morte cerebral e aqueles que o fizerem perderão tudo. Mas, falando teoricamente...

Talvez por estar em constante busca por me tornar alguém mais organizado emocionalmente, sempre bata nesse ponto - de condicionamentos e respostas emocionais que eu não consigo mudar, justamente porque foram implantadas quando eu era um bebê e não há mais como acessá-las para mudança.

Existe, claro, como conviver com elas e agir de uma forma um tanto artificial, como alguem que recusa um copo de bebida por ter noção do seu alcoolismo e das consequências de beber um copo de bebida; e não como alguém que recusa o copo por não ter vontade de beber -  o que é bem diferente.

Olhando na perspectiva do sujeito, o que poderia acontecer comigo se eu morresse?

Talvez eu ganhasse uma nova encarnação, num lugar diferente, cercado por pessoas diferentes das que conheci. Seria uma pessoa totalmente diferente pela ausência dos condicionamentos primários da vida atual e sob influência daqueles da nova vida.

Talvez meus pais seriam pessoas que eu nunca vi nessa encarnação, mas que provavelmente conviveram bastante comigo e entre nós dessa forma, em encarnações anteriores. 

Isso porque assumir nova encarnação para ajudar a família a evoluir, mesmo se oferecendo em sacrifício (o que não significa morrer, pois uma vida difícil acaba sendo, também, um tipo de sacrifício) não é mais possível após o despertar do Mestre Maytréia em 2004. Logo, eu não poderia ser filho de um amigo querido numa nova encarnação para que, sendo obrigado a cuidar de mim, evolua.

Dado o tipo de separação que é observada entre mim e o entorno ao meu redor, é de se imaginar que uma outra encarnação ocorreria distante daqui; no espaço e no tempo. Mas algumas pessoas muito próximas, como a minha esposa e os filhos talvez se manifestassem, também, por lá.

Isso é ser otimista.

Pode ser que a minha evolução espiritual seja insuficiente e após a minha morte eu fique vagando de um lado para o outro; ora interagindo com a realidade atrasvés do plano astral, do umbral ou qualquer coisa assim; seja enfurnado dentro dos meus pensamentos e desejos não realizados.

Como se todo dia fosse o mesmo dia - e um dia ruim, no caso.

Pode ser (duvido) que eu seja revivido em algum lugar que domine a tecnologia necessária para tal e ao despertar por lá, teria me esquecido de muitas coisas, le livrado dos condicionamentos que não consigo mudar hoje em dia, mas pouco saberia dizer sobre os desdobramentos disso. Isso porque nem só a superfície da Terra, à luz de três dimensões corresponde a realidade. Talvez eu seja útil para alguém importante ou para a condução de algum processo espiritual relevante que necessite do meu corpo (cérebro), além da alma. Não sei dizer.

E nunca sabemos, de fato, com quem estamos lidando, isso valendo em primeiro lugar para nós mesmos. Eu mesmo não sei dizer quem sou. Sou Ariomester, pode chamar Ari, mas isso soa falso. É como se existisse mais coisa mas eu fosse incapaz de decodificar a mensagem. Um dia conseguirei, tenho certeza.

Poderia acontecer (provável) que eu seja incorpoado a uma criatura muito mais evoluída que eu, meio que despertando dentro de seu corpo que atualmente está dormindo num lugar muito longe daqui. Para os que ficam, eu desapareceria para sempre - nunca mais teriam vestígio da minha existência. Para a criatura descrita, seria como acordar de um sonho - no sonho ele era um músico fracassado que escrevia coisas absurdas num blog muito estranho enquanto ouvia Banda Calypso.

Isso somente saberemos daqui a muito tempo (assim espero).

Curiosamente, certo tempo atrás eu passei por uma situação em que me vi dentro de tal criatura. Foi interesante - a minha existência era somente um sonho de tal criatura e de certo modo eu era ela e ela era eu - um tipo de pessoa bem grande num lugar muito, muito longe daqui, com construções em pedra, imensos descampados, vales, algo parecido com a Agartha dos orientais... muito curioso.

Curiosamente (parte 2), 5 anos após isso eu tive novo sonho, num dia em que estava passando muito mal e senti que iria morrer (mas como vocês podem ver, eu não morri). Neste sonho eu retrocedia até a infância mais bonita, quando eu tinha 4-5 anos de idade. Era como estar de volta à época, com os sentimentos da época.

Uma menina muito bonita mais ou menos da minha idade, bastante reluzente, como se emanasse luz, algo como uma princesa veio, sentou ao meu lado e me abraçou. Quando isso aconteceu, o mundo inteiro virou luz e eu acordei. Seria algum tipo de eucaristia? Não sei dizer.

Mas desde então é como se eu estivesse sempre acompanhado, ou ligado a algo ou alguém - a menina do sonho. E isso faz com que eu sinta o calor e a luz do sol o tempo todo, mesmo se for de noite, mesmo se estiver frio. Mesmo se eu estiver vivo - é como se estivesse tudo certo, mesmo eu achando que está errado.

É uma sensação muito interessante.


PS - falei muito sobre mim e a minha morte. E a morte de outra pessoa, que não seja eu, Ariomester?

Bom, as regras se aplicam a todos. O que descrevi para mim também pode ser o caso de outras pessoas, ainda que nem todas tenham tantas perspectivas post-mortem como eu acredito ter. Pode ser que algumas sejam revividas por serem úteis em seu corpo atual em outro lugar (ou não). 

Pode ser que sejam assimiladas, ou desapareçam assimiladas por consciências maiores que a sua própria, como se fossem sonhos, pesadelos ou devaneios de tais seres em sues Tronos.

Pode ser que não encarnem mais e acabem por ser dissolvidas por inatividade astral e afastamento da Mônada (acredito que seja o caso de até 97% da população atualmente, mas é uma suposição, posso estar errado em relação ao percentual).

Pode ser que reencarnem, levando para a nova vida apenas as tendências, afetos e desafetos da vida anterior. Se viveram intensamente, a intensidade norteará suas vidas. Se odiaram intensamente, nascerão num lugar repleto de ódio; se amaram intensamente, reencarnarão em famílias ou situações amorosas; se buscaram e desenvolveram sua inteligência, terão imensa facilidade de estudar e desenvolvê-la ainda mais; se agiram sem pensar, de forma egoísta ou negligenciando a inteligência (priorizando prazeres e instintos), terão imensa dificuldade em aprender e agir racionalmente.

Se uma pessoa mata outra, é criado um vínculo tão forte quanto o nascimento. Talvez uma se torne filha da outra na próxima encarnação e briguem indefinidamente. Talvez o ódio e as agressões aproximem mais que afastem as pessoas, sendo o oposto do amor não o ódio, que é coisa bem distinta de amar, mas o descaso. 

Coisas para pensar.

Wednesday, July 03, 2024

[3/2] O mundo daqui a 200 anos (na minha opinião)

 


Extraído da postagem anterior: 

"Os cachorros aqui de casa têm mais empatia que essa gente toda. Por isso é muitas vezes mais provável que os nossos cães evoluam em uma encarnação o suficiente para encarnarem como filhos dessas pessoas da grande humanidade, enquanto seus entes queridos vão perdendo, assim como eles, o direito a regressarem a este mundo, mesmo que seja para sofrer."

O que seria do mundo sem o sofrimento?

A resposta para esta questão define de forma bem confiável as pessoas afinizadas à grande ou à pequena humanidade. 

Para as pessoas mais brutas, a vida é sofrimento; amar é sofrer; para se realizar é preciso sofrer; viver bem é ser sacrificado; vencer na vida é sofrer e fazer outros sofrerem - "no pai, no gain".

Para as pessoas evoluídas, o sofrimento é uma medida do quão equivocadas são os métodos e soluções que utilizamos.

Imagine que exista uma panela para cozinhar, mas ela não tenha cabo e portanto, para cozinhar precisaremos pegar a panela quente, sem pano ou luva alguma. Ou seja, sempre queimaremos a mão para nos alimentar.

É intuitivo providenciar um cabo ou luva para resolver a questão e cozinhar não ser sinônimo de sofrer. A maioria das pessoas faria assim, pela simples razão de já terem visto panelas com cabos. Caso contrário, talvez existisse até mesmo um culto secreto religioso dedicado à religião das queimaduras nas mãos; rituais de passagem em que crianças e adolescentes queimarão as mãos pela primeira vez; penalidades para as pessoas que não se sujeitarem a queimar as mãos etc.

Tudo facilmente resolvido com um cabo de panela.

A vida que conhecemos atualmente é repleta de panelas quentes sem cabos. Mas a diferença é que as pessoas não querem parar de queimar as mãos e via de regra, combatem quem tenta lhes instruir ou evitar queimar a própria mão.

Vemos isso na política brasileira (por exemplo).

Candidatos como o atual presidente (Lula), os anteriores (Bolsonaro, Dilma, Temer, FHC etc) defendendo modelos de governo e gestão econômica trágicos para o Brasil receberendo quantidades expressivas de votos e apoio popular; enquanto nomes qualificados, como Ciro gomes, Darcy ribeiro, Brizola, Enéas e tantos outros que trazem ou traziam soluções eficazes para o desenvolvimento do Brasil são combatidos e considerados "chacota".

Vemos isso nas relações de trabalho (por exemplo).

Recrutadores e empresas cada vez exploram mais as pessoas, que ao invés de reclamarem, se oferecem em sacrifício aos milhões, gritando serem "empreendedores", "pessoas de sucesso" etc. São descartáveis, trabalharão até a morte e muitos começaram a se suicidar quando entenderem que não mais terão como trabalhar, por terem substituídos por outros mais jovens, ou que mantenham relações pouco éticas junto aos seus gerentes e supervisores.

Vemos isso na produção artística, científica e tecnológica.

Para não cair no óbvio de retratar a música das massas, que versa essencialmente sobre dor, sofrimento, desgraça, traição etc. vamos falar sobre filmes e seriados produzidos por "pessoas esclarecidas" e bastante celebrados pelos "intelectuais". Veja quanta tristeza, ódio, destruição e morte é retratada em tais obras. Ao invés de se esforçarem para retratar o Amor, a vitória, a superação, a conquista de objetivos importantes para a humanidade, é retratada a miséria, a desgraça, o crime, a morte, a pronografia etc.

Para não cair no óbvio de falar sobre a subescolarização promovida por "cursos" online, faculdades e escolas de qualidade questionável e dicas, stories e coisas afins por influenciadores digitais. Vamos falar sobre os impecilhos que os pesquisadores e professores infligem aos alunos de graduação e pós graduação que desejam explorar questões ainda pouco estudadas, ou aprimorar conhecimentos relevantes. E dão com os burros n'água por conta de uma infinidade de burocracias e incapacidades de gestão promovidas por tais gentes, que delas se orgulham. É preciso sofrer para aprender, sofrer para pesquisar, sofrer para tudo.

Infelizmente estamos tão adiantados tecnologicamente que o sofrimento está desaparecendo.

Veja o vídeo mais acima neste post e entenderá. Uma jovem de 14 anos fez um implante coclear e começou a escutar. Não é um caso raro ou estudo experimental - é algo até certo ponto rotineiro.

Imagine todo o sofrimento que ela teria por ser surda, ao longo de uma vida sendo dissipado por um implante que a faz ouvir, falar e isso mudar completamente os rumos da sua vida.

Imagine que soluções de reparação genética estão em desenvolvimento e daqui a algum tempo, com uma injeção será possível "corrigir" o DNA da pessoa, erradicando uma infinidade de problemas de saúde.

Imagine que nem tão longe assim, talvez ao redor de 2050, seja usual nos exames de pré-natal a verificação e correção de eventuais anomalias de formação do embrião, de modo que todas as crianças nascerão perfeitas e caso venham a manifestar alguma doença de origem hereditária ou genética, poderá ser corrigida por injeções e terapias na infância, adolescência ou vida adulta.

Imagine que daqui a um tempo tenha ficado claro o papel nocivo que as ondas de rádio nas frequências e intensidades transmitidas na superfície e órbita da Terra têm na vida humana. E portanto, que até mesmo este tipo de coisa precisará ser regulada, fazendo a atmosfera mais saudável para todos.

Pergunto: à luz do karma, faria sentido alguém que para reencarnar só poderia fazê-lo através de uma vida de sofrimento, encarnar num corpo perfeito e num mundo sem dor e sofrimento? Não.

Logo, muitos dos que vemos hoje em dia não mais encarnarão, pois no tempo em que conseguiriam reencarnar, não existirá mais sofrimento para lhes assegurar nova encarnação. Vão ficar pairando ao redor do mundo até desaparecerem por ausência de reencarnação.

Em seu lugar, nascerão cada vez mais pessoas sadias, capazes e sensíveis. Não é ao acaso que as gerações mais jovens pensem de forma tão diferente das anteriores; que tenham tanta facilidade em aprender e a se relacionarem; se rebelem com tanta facilidade em relação ao sofrimento imposto por métodos educacionasi obseletos, trabalhos inúteis ou desgastantes, perspectivas de vida calcadas no sofrimento (por exemplo, "sofrer para aposentar e morrer").

Chamados por "geração Z, geração Y" ... o nome é irrelevante.

São gesrações cada vez mais empáticas, delicadas e capazes.

Em contraposição há, ainda a narrativa do sofrimento. Mas à medida emq ue o sujeito defende o sofrimento e ao mesmo tempo se beneficia da redução do sofrimento, existe uma incoerência perigosa. Essa incoerência é capaz de destruir por completo a mente do sujeito, como veremos acontecer aos montes.

A humanidade do futuro será altamente coerente - não mais utilizarão "dois pesos, duas medidas". A lógica será a base de toda a sociedade, mas não de uma forma racional e fria.

Ter amigos e se divertir é muito importante, logo, é imperativo que isso tenha um lugar de destaque na sociedade; até porque não faltarão máquinas e inteligência artificial para cuidar de toda a parte operacional, como plantar, colher, limpar, construir etc.

Os valores do final do século 21 e que serão vigentes dali em diante serão similares ao que os defensores do "viver é sofrer" mais têm combatido: a vida como um palco para nos divertirmo e realizarmos; para encontrarmos amigos, vivermos grandes aventuras, grandes amores e no processo deixarmos um legado.

Não existirá mais foco em corporações e organizações, mas nas pessoas. As organizações e corporações serão apenas mais um dos braços da automação extensiva que veremos se estabelecer.

O mundo será, obrigatoriamente, multipolar.

Com o passar do tempo, cada local se especializará em alguma atividade, de mesmo grau de intelectualidade. Alguns locais terão excelência em artes; outros, em medicina; outros em computação e assim por diante.

Novos meios de transporte e teleconferência holográfica associada a realidade virtual/aumentada farão as distâncias desaparecerem. Uma pessoa poderá facilmente ir de um lugar a outro do mundo em minutos, como quem pega um táxi para o centro da cidade e depois volta para o seu bairro.

Esse tipo de mundo será insuportável para os ilógicos, defensores do "viver é sofrer" e não por acaso a grande humanidade experimentará muitos problemas, conflitos e sofrimentos, por se recusar a abdicar do sofrimento a favor de uma vida plena.

Coisas interessantes para se pensar.

[2/2] O mundo daqui a 200 anos (na minha opinião)



 Em 200 anos, será 2224.

Evidentemente ninguém que conheço atualmente estará vivo até lá.

A razão de eu ter iniciado esse blog estranho foi esquisita.

Certa vez, em 2003 (eu acho) conversava com meu tio e ele disse que na época em que pessoas da atual Sociedade Brasileira de Eubiose foram fundar o chamado Sistema Geográfico do Roncador levaram, a pedido do Prof. Henrique José de Souza, uma caixa de metal dentro da qual foram colocados itens como jornais da época, creme dental e outros objetos cotidianos.

"Isso é para os arqueólogos do futuro, daqui a 2500 anos, terem alguma ideia do que era esse local e como as pessoas viviam".

"Arqueólogos do futuro..." 

Como fã de Júlio Verne e Maquiavel (os autores que eu li mais vezes quando era criança), decidi escrever algo cotidiano em linguagem do futuro. Entender o que está por vir, sobretudo no que diz respeito à humanidade nunca foi difícil - eu já nasci trazendo essa capacidade inata. Quem sabe num próximo post eu fale mais sobre isso, né?

Então decidi escrever sobre o que acontece atualmente, mas numa linguagem que no futuro será corrente. O velho Maquiavel nos ensina a não deixar "arestas" em nossas estratégias e que uma boa estratégia é aquela que não parece ser estratégico, mas é.

O grande Julio Verne foi meu amigo durante a infância, por assim dizer. Li Volta ao Mundo em 80 Dias, Da Terra à Lua e Jornada ao Centro da Terra. Assisti muitas vezes 20 mil léguas submarinas e Volta ao Mundo em  80 dias (filme, de 1956).

Antecipando o que acontecerá daqui a bastante tempo, haverá uma forma de representar as pessoas e eventos de uma forma bastante fidedigna, impossível de se realizar atualmente.

Por exemplo, ao invés de entender que eu estou escrevendo um blog esquisito por ter acesso aos textos, como ocorre atualmente, haverá uma forma de criar uma duplicata holográfica de mim que interagirá com as pessoas de seu tempo como se eu estivesse lá, em pessoa. Conversarão com essa projeção e eu responderei quase exatamente como se eu, de fato, estivesse por lá, mesmo sobre assuntos que nunca vi - me apresentarão coisas diferentes e eu reagirei como se alguém do futuro me mostrasse algo futurista no tempo presente.

Isso será uma diversão e tanto para as crianças - e ressignificará em definitivo a noção de professor e escola.

Os pais poderão permanecer ao lado dos filhos todo o tempo, em função de tecnologias holográficas e isso mudará a humanidade por inteiro, ao menos a pequena humanidade, já que a grande humanidade, como descrito no post anterior, seguirá um caminho menos feliz e tecnológico.

Para ler, acesse esse link: O mundo daqui a 200 anos (na minha opinião) - parte 1 de 2

Mais que isso, poderão me acompanhar em muitos momentos, como agora, em que escrevo esta postagem. Poderão se ver dentro do meu estúdio, ouvindo César Menotti e Fabiano enquanto bebo uma lata de cerveja num domingo à noite. Será como se estivessem aqui e optassem se gostariam, ou não de interagir comigo - até mesmo sentir o gosto da cerveja, o frio imperfeito do ar condicionado e tudo mais.


Aceita chá?

Poderão inclusive criar, cada um em sua casa ("unidade duradoura", ou algo assim como será conhecido na ocasião), uma versão de mim para lhes acompanhar, conversar, discutir os mais variados assuntos.

Logo, quanto mais detalhadamente eu me mostrar, mais fácil será essa reconstrução.

Além disso, a linguagem sofrerá inúmeras mutações desde agora e até lá.

Na verdade, ela será o melhor indicador de tais mudanças. A linguagem expressa o pensamento coletivo, que é a raiz da humanidade. Ao contrário do que se possa imaginar, o pensamento coletivo não é resultado, mas origem da diversidade ideológica das pessoas.

O pensamento coletivo não é resultante de como os indivíduos, individualmente pensam, como se fossem ondas de rádio - mesma fase ampliando a crista ou o vale; fases diferentes tendendo à dissolução. E nem é como o Dr. Jung tentou explicar (inconsciente coletivo), como um conjuntos de símbolos primitivos que trazemos geneticamente.

Tais padrões não são genéticos, mas astrais e revelam a ligação do indivíduo ao coletivo. A humanidade veio de uma alma-grupo que foi se dividindo e individualizando a partir da associação de tais almas "individuais" à alma coletiva, que deixou de ser um ente objetivo, como as almas individuais, passando a uma abstração impossível de ser desfeita (o pensamento coletivo).

Através destas ligações invisíveis fluem ondas semelhantes a um pulso elétrico codificado (como ocorre nas transmissões por fibra ótica, por exemplo, mas com uma outra codificação), que condicionam o sujeito a se comportar de uma forma, ou de outra.

Quando o indivíduo, por ato de sua intenção, no exercício do seu livre arbítrio passa a prestar atenção em alguma coisa, ou em algo, ele sem se dar conta faz com que a sua alma seja ligada a diferentes versões ou estratos do pensamento colevito. Se começa a interagir com ódio, mesmo que páre de interagir, condicionou a sua ligação ao pensamento coletivo assimilar pensamentos e sentimentos de ódio, que o perseguirão continuamente até que, por esforço único e exclusivo do sujeito, no exercício do seu livre arbítrio, afaste-se de determinado tipo de pensmento e se ligue a outro.

Assim, a forma como falamos revela muito do pensamento coletivo; assim como todos os nossos hábitos e práticas culturais, das quais derivamos por alteridade o nosso próprio pensamento e noção de eu. Contudo, é facultado ao ser humano agir mesmo em contrariedade ao pensamento coletivo, comot emos visto acontecer aos montes.

Pode-se forçar mudanças na forma de comunicação (utilizando linguagem neutra, por exemplo), ou na forma de se pensar (através da ideologia de gênero ou teologia da prosperidade, por exemplo), mas que não encontram respaldo no pensamento coletivo. Este se manifesta a partir da reação das pessoas e do próprio karma da humanidade como um todo e explica eventos curiosos como as Guerras Mundiais ou mesmo pandemias como a de covid-19.

A psicologia evoluirá imensamente ao longo dos próximos 100 anos, mas em pouco ou nada assemelhará ao que atualmente consideeramos ser psicologia, assim como ninguém mais cogita viajar para a Europa num navio de madeira, como era corrente no século XVII. A aeronave substituiu o navio de aço, que era uma atualização do design do navio de madeira. Apesar de o avião não guardar grande semelhança aerodinâmica ao navio, em termos de transporte acabou por exercer a exata mesma função: levar pessoas e cargas, por exemplo, atravessando distâncias oceânicas.

Construtos que atualmente não podem ser mensurados (por exemplo, inteligência) serão avaliados como se estivesse medindo a quantidade de gordura no sangue. As próprias relações entre as pessoas, resultado do pensamento e emoção de cada uma serão ressignificadas a partir das mensurações de campos psicológicos ("aura") ou algo que terá um nome parecido com esse.

O mundo será dividido em dois grupos: num deles há inimigos e abusadores à espreita. No outro, pessoas que se ajudam e são amigas. Curiosamente, um grupo não interagirá com o outro e nem disputará bens ou recursos naturais.

Na grande humanidade, a inteligência tende a reduzir, até o ponto em que os sueitos serão estúpidos demais para operarem suas máquinas, recrudescendo as relações e a forma de viver. Na pequena humanidade será o oporsto - testemunharemos o nascimento de gerações cada vez mais inteligentes, sensíveis e pacíficas.

Talvez a viagem espacial se torne algo de certo modo corriqueiro, contando até mesmo com excursões escolares indo visitar asteroides ou planetas vizinhos, como marte. A humanidade não irá morar no espaço, mas o ocupará assim como fez com o oceano.

Nesta jornada duas coisas podem acontecer: desencadear uma polêmica que tomará proporções globais acerca do destino das sondas Voyager. Elas representam a disposição da humanidade em viajar pelo espaço, conhecer novos planetas e ate mesmo outras civilizações.

Um grupo irá pedir que as sondas sejam resgatadas e adicionadas a um museu terreestre. Outro grupo irá advogar a favor da permanência da sonda em sua missão, como forma poética de manter as coisas da forma como o pensamento coletivo da ocasião determinar.

Outra coisa interessante será a descoberta do chamado Quinto Sistema de Evolução. De exploração em exploração, acabrão por encontrar planetas habitáveis orbitando estrelas relativamente próximas e um dos melhore splanetas a se ocupar será aquele conhecido hoje como sendo o Quinto Sistema de Evolução.

Para lá migrarão elementos da pequena humanidade e aos poucos outros também viajarão até lá, formando cidades e grupos em desenvolvimento naqueles locais. Daqui a bilhões de anos, quando o nosso sol não for mais capaz de sustentar a vida, a humanidade continuará por lá, mas uma vez que a vida consciente já se instalará por lá, haverá um ganho em tempo surpreendente.

Isso porque por vias naturais, haveria a dissolução do atual sistema solar, com fragmentos da Terra sendo jogados espaço afora por períodos inimagináveis de tempo, até que caiam em algum outro sistema solar; ou em virtude de processos tectônicos e atmosféricos a vida surja, como aconteceu por aqui, inicialmente contando com apenas organismos bastante primitivos que ao longo de bilhões de anos vão transformando-se geração a geração até em algum momento, com toda sorte a nossao favor, ecloda uma humanidade muito primitiva...

Mas à medida em que pessoas conscientes (muito conscientes, na verdade) se mudarem para um outro sistema solar, todo esse tempo será abreviado e por conta disso, até mesmo eventos cósmicos e siderais que não aconteceriam de forma alguma podem acontecer. A antiga Teosofia de Blavatsky dava a esses eventos o nome de "cadeias".

As relações sociais sofrerão mudanças drásticas ao longo dos próximos séculos. Isso será, talvez, o fiel da balança para a grande separação de humanidades. Um outro grupo, cada vez mais violento, menos empático, mais maldoso vai sentir muito mal em conviver com outro grupo, quase diamentralmente oposto - pessoas infinitamente pacíficas, tolerantes, dóceis, inteligentes. 

Em relação à grande humanidade, podemos dizer que terá poucas melhoras em relação ao que conhecemos atualmente. Já a pequena humanidade de fato mostrar-se-á algo diferente. 

Por exemplo, recentemente, câmeras de segurança filmaram o momento em que um assaltante foi baleado por uma de suas vítimas. Um enorme número de pessoas sentiu-se realizada, feliz, eufórica com o assassinato do rapaz.

Certa vez eu escrevi num post desses de Instagram, apenas pelo hábito de testar as pessoas, mais ou menos o seguinte "gostaria de ver a cara de vocês rindo da mãe desse rapaz no seu velório; quem sabe ela vai rir e comemorar com vocês? Ou não?".

Eles ficaram bravo comigo. Cãezinhos fofos disfarçados de gente.

Os cachorros aqui de casa têm mais empatia que essa gente toda. Por isso é muitas vezes mais provável que os nossos cães evoluam em uma encarnação o suficiente para encarnarem como filhos dessas pessoas da grande humanidade, enquanto seus entes queridos vão perdendo, assim como eles, o direito a regressarem a este mundo, mesmo que seja para sofrer.

Esse parágrafo abrirá a terceira parte (de 2) dessa conversa esquisita e improdutiva.

Eu costumo dizer que "não tomo ninguém por discípulo" exatamente porque não quero interferir nestes processos. Lamentavelmente muitas pessoas que conhecemos e até gostamos não logrará êxito em reencarnar, tornando-se uma alma penada cujo desmantelamento é o único destino possível.

O mundo do futro será extraordinariamente ecológico e sustentável. As melhores soluções sustentáveis atualmente em uso vão parecer tinta contendo chumbo na sua composição quando comparadas ao que está por vir.

Por falar nisso, a vida será ampliada para muito mais tempo do que se vive hoje em dia. Pessoas alcançando 200 anos ou mais, daqui a alguns séculos não será nada estranho. Isso devido à alimentação, ao ambiente purificado e controlado em termos de energias e ondas de rádio, a fora leve de se levar a vida, o ambiente tranquilo e com "todo o tempo do mundo" para o que se quiser fazer.

Um dos sinais de mudança que anunciará esta nova era diz respeito às crianças. 

Muitos pais (eu, inclusive) têm enormes dificuldades em criar os filhos.

Criar filho é muito fácil, quando o mundo ao redor permite que isso aconteça. Mas não é o caso - temos visto, ao contrário, as forças de mercado e sociais oprimirem cada vez mais os pais, constragerem as crianças e dificultarem de toda forma a criação das crianças.

Chegará um momento em que isso começará a mudar - os pais e seus filhos serão valorizados e a sua criação bastante facilitada. Os pais serão tidos em alta consideração por todos e esse momento marcará a primeira grnade ruptura entre humanidades.

Daqui a 200 anos haverá tanta automação que as pessoas passarão muito tempo realizando tarefas manuais simplesmente pelo gosto em realizá-las. Será muito comum convidar amigos para comer em casa a comida que foi até mesmo plantada e cultivada ali. A música, artes e tudo quanto seja humano,  feito por pessoas imperfeitas de carne e osso presencialmente, como a ciência, filosofia, literatura etc. será extremamete valorizada, ao menos na pequena humanidade.

Muito mais distante iniciar-se-á o culto ao karma, ou das concidências da vida.

Será um mundo bastante descomplicado e lógico, em que jogos de poder e dominação não farão sentido. A não ser para a grande humanidade...

Coisas para pensar.