Translate

Thursday, February 01, 2024

360 amigos

 


360 amigos, mas não sei se chega a tanto.

Eu detesto Instagram, não tenho paciência para TikTok, Kwai, Threads... meu negócio é Orkut + ICQ + mIRC, mas como ambos estão extintos, me restou o Facebook. É onde eu passo mais tempo em se tratando de redes sociais.

Já tive épocas em que saía adicionando as pessoas sem nenhum critério, até que um dia postei algo sobre o péssimo show da Ke$ha no Rock In Rio 2011 e uma pessoa que eu nunca vi na vida veio reclamando no comentário.

E era da minha lista de "amigos".

No mesmo dia apaguei a conta do FB e criei essa outra, mas mantive ambas.

A diferença é que somente nesta de 360 amigos que eu acesso e posto. A outra... apenas existe.

Mesmo entre esses 360 existem uns 8 ou 10 que realmente interagem comigo por lá de uma forma boa e regular. Poderia falar um monte sobre cada uma dessas pessoas, de cór. As outras 350... eu consigo dizer algo sobre cada uma delas e em especial por qual motivo estão na minha lista de amigos.

Isso não é algo definitivo.

Semana passada me despedi de um contato do FB com o qual eu tocava (eu era o baterista da banda). Sem remorso algum, sem drama - simplesmente deixei pra lá e saí da banda, avisando-os por WhatsApp. Acho que ele ficou revoltado, fazer o quê, né?

Minha especialidade é frustrar expectativas. Eu sou assim, não existe como ser diferente disso e por essa razão quem determina o grau de proximidade que mantenho com as pessoas sou eu. 

Isso porque sei que naturalmente eu frustro expectativas.

Dizem que o nome disso é responsabilidade afetiva - se preocupar se o seu comportamento ofenderá alguém e agir de modo que esse efeito seja mitigado. Não gosto dessa nomenclatura contemporânea, o fato é que eu sempre fui assim e sempre serei.

Isso porque eu sou uma pessoa muito tranquila, sincera, honesta e transparente. O meu jeito de ser natural é esse. É como eu sou.

Se eu fosse autista, ou gay, ou paraplégico, o mundo todo me diria para "ser do meu jeito, que todos respeitarão e te aceitarão pelo que você é". No meu caso isso não acontece, possivelmente porque eu não sou nem autista, nem TDAH, nem superdotado nem nada disso que seja tomado como critério "sine qua non" para ser amado, incluído e defendido.

Eu já falei reiteradas vezes e repito: eu sou o inimigo.

Voltando ao rapaz que se frustrou recentemente, partiu de mim a ideia de me desassociar a ele. Ele pensa de forma muito diferente de mim.

Eu não acredito que todos devam pensar como eu, cada pessoa tem a sua forma de ver as coisas. Mas isso é diferente de manter no meu entorno pessoas que veêm o mundo de uma forma tão diferente.

Além disso, eu sou um purista (é o meu natural) e o tipo de lógica que o tal rapaz defende faz mal a criaturas como eu, apesar de parecer inócua aos demais. Isso mesmo, ideias e pensamentos me afetam profundamente, mais que doenças ou coisas físicas.

Ele segue uma doutrina contemporânea altamente nociva ao pensamento chamada "identitarismo", que faz crer que não existem regras no mundo, a não ser as que eles acham que devam ser seguidas; é uma espécie de "Crowleyrismo", parafraseando o raso mago negro Aleister Crowley.

Perto dos magos negros que conheci em outras encarnações; e mesmo perto de outros que a história nos conta, Crowley não passa de um imbecil, drogadito, escravizado pelas paixões e vícios que cultuava, valendo-se da magia negra para manter-se em estado degradado e lamentável.

Os verdadeiros "revoltados contra a ordem divina" não eram idiotas alegres a defender identitarismo, mas eram aqueles que tentaram aprisionar a alma da parte feminina de Deus algumas vezes, para dessa forma utilizá-la para criar assombrações e realizar provessos mágicos escabrosos que fogem à imaginação mesmo dos mais prodigiosos autores.

Era gente altamente culta, disciplinada e má. Eram pessoas perdidas em seu delírio de maldade, mas incrivelmente poderosas e disciplinadas. Não eram como os idiotas venerados direta ou indiretamente pelos sionistas que aplicam sobre o ocidente a doutrina identitarista como forma de romper as nações, promover a guerra, destruição e caos para deles tirarem vantagens econômicas.

Acima de tudo, eram detentoras do poder real: aquele que excede as regras do pensamento e da moral, de tal sorte que mesmo a pessoa abdicando de todas as amarras sociais permanecerá poderosa, tendo a seu favor os elementais de modo imediato e recebendo anjos e demônios com a mesma presteza que se imagina ser ofertada no "paraíso" ou nos "infernos".

Não se trata de um poder outorgado pela sociedade, ou conferido desde o nascimento por ciação ou herança, mas de uma capacidade ímpar em se desconectar do pensamento coletivo, de forma definitiva, sendo difícil manter-se a ele conectado.

Pode não parecer, mas cada defesa idiota de causas perdidas como aquela realizada pelo meu ex-amigo a defender o uso de "linguagem neutra" está alimentando ou é alimentada pelos massacres na faixa de Gaza, na Ucrânia, nas Américas, na África e em todo o globo.

Cada um que se dispõe a militar nesse front está, na verdade, militando a favor do genocídio da faixa de Gaza, da mortandade em particular de crianças e pssoas inocentes. Por mais que não se deêm conta disso, é isso que está sendo alimentado por seu pensamento e daí a minha tolerância zero para com esse tipo de coisa.

Mas se ele quiser ficar lá dando lição de moral para a parede.. boa sorte.

Quer dizer que os 360 amigos restantes pensam diferente dele? Talvez não, mas guardam para si suas convicções, ou as postam em seu domínio. Não me incomoda nem um pouco se o fizerem, mesmo que sua opinião divirja da minha em gênero, número e grau.

Mas me incomoda se direcionam tais absurdos a mim, como o outro fez por algumas vezes, na esperança de me "tutelar" ou em termos mais claros, subjulgar o meu pensamento à catástrofes identitárias que defende.

Não é o único caso, mas é o mais recente.

Outros pensamentos disfuncionais, como aquele típico do conservadorismo também alimentam demônios poderosos que se divertem ao cegar cognitivamente as pessoas. Retiram-lhes a razão, fazendo-os animais humanos. Não gosto disso.

mas se quiserem ficar discursando às portas e janelas sintam-se à vontade.

Por falar nisso, quem mais fala às paredes, portas e janelas sou eu, não é mesmo?

O que produzo e divulgo raramente surte algum efeito mínimo ou despezível. Eu estou a falar com as paredes desde que nasci. Não vejo motivos para ser diferente no presente e nem no futuro.

Diferente do que se possa conceber, acredito que isso esteja certo. As pessoas fazem bem em não me darem ouvidos, afinal, eu sou o inimigo. 

Eu sou o inverso daquilo que todos acreditam ou têm de forma axiomática. Eles acreditam na falsidade, eu na sinceridade; eles, na traição e eu na lealdade; eles no delírio e eu na lucidez; eles sonham em ser grandes em meio aos seus, eu sonho em desaparecer.

Por isso é tão difícil conseguir ficar perto de mim, mesmo que seja numa lista de amigos. 

E por isso essas 360 pessoas são tidas por mim em alta consideração.

Mas nem por isso quer dizer que sempre estarão por perto.

Eu torço para que estejam por perto, mas não governo seus passos e decisões; e algumas delas, para seu próprio bem (e para mim também) exigem um afastamento bem grande.

Eu fico meio triste, mas depois de tanto tempo não é algo que me assuta. É como as coisas são.

Existe uma música excelente chamada "I'm still be loving you", cantada pela Kylie Minogue. É uma música em dó maior que nunca mostra o acorde dó maior, criando uma ambiência de indefinição melódica e harmônica que faz até suspeitar de uma outra tonalidade, como fá maior.

A letra pode ser resumida em uma frase "Eu espero que você enconrte alguém que te ame como eu te amo; eu serei forte e continuarei te amando".

É como eu sou, desde criança. Não sei ser de outro jeito e torço para que a lista de 360 não se transforme em 359, 358... 360 é um número bonito, divísível por 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 12, 15 ,18, 20, 24, 30, 36, 40, 45, 60, 72, 90, 120, 180 e 360. Bem legal.




No comments: