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Thursday, February 01, 2024

Uma teoria ainda incompleta




Existe uma teoria que ainda não sei se concordo totalmente com ela porque ainda não encontrei suficientes dados para fechar um modelo teórico. Mas  vou explicar o que é.

Parece que algumas pessoas fortemente ligadas aos Gêmeos Espirituais em tempos anteriores e em especial aqueles que estavam entre os mais adiantados de seu tempo (como o pessoal dos templos do Tibet e das confrarias do norte da África/oriente médio) estão reencarnadas na SBE.

Parece ser uma configuração meio sine qua non - nascer de pais da SBE ou acabar, inevitavelmente envolvida com a SBE ainda jovem (antes dos 25-30 anos de idade). Esses dados ainda estou analisando, mas é a direção que parecem apontar.

Se estou certo, então isso exlpicaria bastante coisa, principalmente a desconexão vivenciada por essas pessoas em relação ao senso comum, e até mesmo ao pensamento coletivo.

As pessoas daqueles templos antigos só ingressavam neles aos 8 anos de idade, abandonando sua família, nome, sobrenome e tudo mais a favor de processos iniciáticos muito mais intensos que os conhecidos no ocidente, mesmo nas cercanias da SBE. E ao reencarnarem, o faziam próximo aos templos, reiniciando o ciclo aos 8 anos e assim por diante.

Talvez seja o meu caso e o de mais algumas pessoas deste grupo, mas não todas.

Havia uma divisão feminino-masculino muito curiosa. As mulheres nem sempre se tornavam mendigas, muitas permaneciam nos templos cuidando de tudo - era um trabalho dificílimo porque precisavam manter seu pensamento leve e desvinculado de desejos fisicos, julgamentos morais, sonhos, pesadelos etc.

Não era simplesmente ficar molhando flor e dando bom dia para passarinho. Era uma vida em desconexão ao corpo, ao mundo físico... imersa na profunda espiritualidade. Alguns homens também seguiam este caminho.

Mas um outro tanto (provavelmente o meu caso) se tornavam "munis", que são pessoas solitárias que viviam no meio da natureza sem contato com os outros. Antes disso, viviam uma longa etapa de mendicância, sem proferir uma palavra sequer, vivendo da boa vontade e misericórdia de pessoas comuns, que trabalhavam e viviam uma vida normal, com todos os vícios e problema de uma vida normal.

Parece incoerente à luz da lógica romana que vigora até hoje: se os munis eram tão sábios (e eram mesmo!! Muito mais que se possa imaginar) e tão poderosos por viverem completamenet conscientes, iluminados, realizados e desconectados do pensamento coletivo, não deveriam subir num palanque e se exibirem aos demais, como professores, mestres, gurus?

Não.

Viviam da benevolência de pessoas viciadas, grosseiras, cruéis. Muitos morriam de fome e sede, aceitando felizes seu destino por não tere conseguido manter a mente elevada o suficiente para gerar karma positivo e sem motivo aparente, ou por mera piedade, algum estranho lhe dar alimento e água.

Se meu raciocínio está correto, estas pessoas reencarnadas enfrentam grande dificuldades no mundo em que vivemos, pois por um lado querem encarcerá-las no corpo e na matéria; e por outro as obrigam se portarem como mestres, gurus, guias etc.

E da recusa de ser controlado por gente grosseira como existe para todo lado surgem conflitos, atritos etc.

Se estou certo, muitos dons e talentos que as pessoas em geral buscam obter por toda uma vida são trazidos de nascença por estas pessoas. São repositórios de talentos e virtudes acumuladas das muitas encarnações enfiados em processos iniciáticos bem complexos e poderosos.

Em outras palavras, não ha outra opção - não é uma escolha: é como as coisas são, como essas pessoas são e nunca vão conseguir mudar. Precisariam de muitas encarnações metendo os pés pelas mãos para desfazera algo tão bem feito no passado.

Talvez isso explique porque eu acho divertido dizer que sou uma pessoa fracassada. Eu acho engraçado dizer isso. Melhor que dizer que sou abençoado (seria muita arrogância da minha parte - não é o caso). Já o tanto de projetos que iniciei e só perdi tempo e dinheiro... isso a história mostra e de vez em quando eu bebo minha cerveja para comemorar que sobrevivi a tudo isso. Por pura sorte, logo, sempre faço um brinde à sorte.

Talvez a chave para essa teoria seja a chamada eucaristia. Talvez tais pessoas já nasçam, de certa forma, eucarísticas e à medida em que isso ocorre, o mundo vira um lugar engraçado, onde a maior preocupação passa a ser os outros e não nós mesmos. A gente pode ser de qualquer jeito que está bom; e ser fracassado ou iluminado é a mesma coisa. Mas uma palavra assusta mais que a outra e é divertido.

Eu lembro bem do dia em que isso aconteceu comigo. Mudou tudo.

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