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Wednesday, October 05, 2011

Prelúdio: Onde estão os grandes astros de outrora?



Hoje contarei uma história, conforme os conhecimentos da Eubiose permitiram-me costurá-los. Interromperei minha arrastada sequência de publicações relativas a interpretações de obras da fantasia, como os Cavaleiros do Zodíaco, ou filmes do momento, para abordar uma história, ao que parece, real. Como as coisas que estudamos aqui neste recanto virtual, a história de hoje rompe o tempo e o espaço, percorrendo as épocas e sociedades como uma espiral, onde ora toca determinada sociedade em determinado tempo, em seguida desaparecendo dali, mas continuando sua existência tocando em outra época e tempo.

Os protagonistas de tão curiosa saga são a humanidade (como era de imaginar-se), uma princesa russa, um monte de crianças aparentemente feitas órfãs, até mesmo uma delas tornando-se, no futuro, uma talentosa cantora que recentemente esteve fazendo shows no Brasil, alguns deuses e anjos convictos de sua missão, outros nem tanto. Os antagonistas (se podemos chamá-los assim) são meia dúzia de pessoas influentes, mas de caráter desconsiderável, na melhor das hipóteses, alguns anjos descontentes com sua condição angelical e claro, a humanidade.

Era uma vez, em um tempo muito antigo, uma humanidade que não conseguia evoluir, ou seja, prendia-se cada vez mais a rotinas, repetições e tradições. Cultuava as mais precárias bizarrices e recusava-se, por mera preguiça, de abdicar de uma condição de "mero vivo" para qualquer coisa que por minimamente mais evoluído fosse. Afim de resolver tal impasse, as forças naturais precipitaram em meio à referida humanidade pessoas que não eram exatamente pessoas, mas sim, anjos e deuses.

Nem todos eles gostaram da idéia e apenas alguns poucos entenderam que aquilo era algum tipo de missão, por mais alegre ou triste que fosse. Então dois grupos emergiram: os que de uma forma amigável ou nem tanto tentavam instigar a humanidade a evoluir; e os que, aproveitando-se da sua condição mais esclarecida por um lado e explorando a mediocridade humana da ocasião incitavam-nos a continuarem inertes, amarrados a tradições e clãs, escravizando-os a seu bel prazer.

Com o passar do tempo, alguns destes escravizadores foram sendo transformados pelo Amor que os combatia voltaram a orgulharem-se de sua origem, abandonando as práticas de lesa-humanidade até todos terem sido redimidos, nos idos dos anos 1950. Mas seu mau exemplo formou verdadeiras legiões de herdeiros, que sem a pedigree, mas munidos das piores intenções possíveis e valendo-se do pouco que entenderam dos métodos dos antigos anjos malignos ainda tentam, até hoje, desferirem contra a humanidade a mesma dominação e fascínio que seus antecessores faziam, tão bem. Principalmente, repetimos, por terem pedigree, por terem hierarquia, por serem, essencialmente anjos, coisa que os atuais inimigos da humanidade não são, em nenhuma hipótese.

Deste vasto contingente de estrelas cadentes devemos destacar um Deus. Um Deus que veio à humanidade mais como uma idéia do que enquanto uma pessoa (avatara), como normalmente os Deuses fazem. Tal Deus, também um tanto inconformado pelas condições precárias que a humanidade oferecia; e entediado pelas anacrônicas oferendas a Ele oferecidas, tentava, através da inteligência e de estratégias que em nada remetem ao ideário comum de um Deus pacífico e compreensivo, fazer com que a humanidade avançasse um pouco mais. Seus métodos, por vezes vistos por nós como excêntricos eram efetivos, apesar de não serem a única saída possível. A um outro Deus, seu Irmão, em forma dual (ou seja, como um casal), correspondia a forma mais rotineira de divindade que conhecemos: sempre amiga, tolerante, benevolente, meiga.

Muitas confusões mais tarde, nos idos dos séculos XVIII e XIX uma grande mudança de pensamento era esperada acontecer. Imaginava-se que todo o esplendor da Europa, associado à sabedoria transcendental oriental viesse até as Américas e aqui se instalasse. Esta é a chamada "Missão-Y", visto que primeiro tal evolução ocorreria nos Estados Unidos da América, e alguns séculos mais tarde, no Brasil. E o principal articulador de tão importante mudança de paradigma era uma mulher, feita primeira-dama na Ucrânia, mas que fugiu de seu esposo antes o casamento consumar-se, chamada Helena Petrovna Blavtasky.

Blavatsky, uma avatara autêntica, compreendia perfeitamente os grandes Mestres da Espiritualidade, assim como a sua Ciência, a chamada Teosofia. Tal qual uma intérprete de seus saberes, colocou-se a desvendar seu intrincado simbolismo de modo a trazê-lo de uma maneira -até certo ponto- compreensível aos não-orientais e não-iniciados em tais doutrinas ancestrais. Sua tarefa era, como é de imaginar-se, fundar algum movimento ou grupo oficial dedicado a tais estudos, em solo americano. Desta forma oficializaria o transbordo de tão ancestrais conhecimentos do oriente para o ocidente, permitindo-os serem atualizados com a linguagem e forma ocidentais.

Fim da primeira parte.


Ariomester.

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