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Wednesday, March 19, 2025

Os (as) deuses (as) lunares

 Eu tive um sonho....




Antes de quaquer coisa, é importante reforçar o óbvio: esta publicação e este blog são produções independentes, que não fazem parte de nenhum material de suporte, ensino ou divulgação da Sociedade Brasileira de Eubiose.


Eu tive um sonho, vou te contar: eu me atirava do oitavo andar. E era preciso fechar os olhos para não morrer e nem me machucar - é o que devemos fazer, não temos que ter medo - é o que devemos fazer!


Vamos supor que tenhamos dormido e nas profundezas do sono nos vejamos próximos a uma bela montanha, toda verde, sem grandes árvores, apenas mato e arbusto. Existe uma simpática e singela casinha rústica onde estamos, mas sentimos que devemos subir a montanha.

É o que devemos fazer!

Em pouco tempo já estamos distantes da casinha, em meio ao verde da montanha, quando somos surpreendidos por um imenso disco voador. Em plena luz do dia, pairando bem à nossa frente. Ele é silencioso, gira lentamente mostrando suas luzes coloridas.

Antes que tenhamos tempo de ficar assustado, a nave pousa e dela saem pessoas muito altas, mas igualmente simpáticas. Não sentimos nem surpresa, nem medo, nem nada, a não ser uma forte sensação de realização.

Eles nos convidam para assistir a um filme em sua nave e atendemos ao seu pedido.

"É uma História do nosso mundo", um deles diz, ao iniciar a projeção do filme.


O filme começa com uma tela toda escura, que numa fração de segundo se torna branca, a seguir revelando não se tratar de um tecido homogêneo, mas uma infinidade de pequenas esferas: átomos de hidrogênio, cada qual sutilmente diferente uma da ourta, mas ao mesmo tempo tão semelhantes entre si que conseguem se combinar.

E por força dos deuses, isto é, forças cósmicas como a gravidade começam a agir, criando nebulosas, estrelas, planetas e assim por diante, até figurar o nosso sistema solar.

No filme foi informado algo sobre deuses, mas nenhuma pessoa ou algo equivalente pôde ser visto no filme, apenas forças universais, as chamadas "leis físicas" (como a gravitação), que ao exercerem sua força sobre os átomos acabam por desencadearem novas organizações da matéria, que por sua vez terão suas próprias regras de funcionamento - tão diferentes quanto sejam as diferenças entre as aplicações das forças universais / tão semelhantes a ponto de serem comparadas umas às outras.

O filme abruptamente mostra um bebê grande dentro do útero materno; destaca-se que o coração da criança bate o tempo todo, num ritmo específico, como se repetisse as mesmas notas musicais numa cadência infinita, variando a intensidade e velocidade das notas (batimentos), mas mantendo as mesmas quatro notas (dó, ré, sol, si em nossa escala musical ocidental, por exemplo).

O ritmo do coração do bebê segue regras próprias que são diferentes das regras de orbitação da lua ao redor da Terra. Porém, conceitualmente, é possível estabelecer uma ligação entre os dois fenômenos, por serem governados por regras físicas tão estritas que a mínima violação levaria o sistema ao colapso.

Parafraseando Seyia de Pégaso - "Deuses? O que são deuses?"

Se de certo modo todos somos produtos destas forças universais (ou "deuses primordiais") e de forças menos universais, como as que regem a fisiologia (ou "deuses secundários", tulkus etc), é razoável assumir sermos filhos de deuses e deusas. E que portanto, Deus é aquele cuja existência faz com que nós, criaturas, existamos.

Se não existisse uma força nuclear forte, os átomos se desintegrariam, impossibilitando a formação de moléculas, células, tecidos...

Se não existissem forças termodinâmicas, não seria possível a existência da própria matéria; dito de outra forma, a existência da matéria atesta a existência de forças naturais que fazem com que a matéria exista: Deuses.

Nem temos tempo suficiente para mais devaneios e o filme corta abruptamente, mostrando uma civilização bastante intrigante. São os adoradores do destino, pessoas que passam o tempo conversando e buscando influenciar o destino através dos seus pensamentos e atitudes.

É uma forma bastante intrigante de união à natureza, ou melhor dizendo, aos Deuses (os processos naturais, dentre os quais existe a mente). Ao olhar a forma como se movimentam, falam e pensam, não encontramos um padrão claro. não parecem seguir tendências ou cadências; seu movimento é quase aleatório, imprevisível. Mas prestando um pouco mais de atenção, notamos que eles seguem padrões, mas são muito complexos, de tal modo que o pensamento e a atitude de cada um se reflete nos demais, fazendo com que adotem uma postura muito rigorosa em relação ao que pensam e como agem.

O filme mostra construções que do nosso ponto de vista parecem ser Templos, com amplas entradas,  pórticos gradiosos, muitas colunas, largos salões.

Alguns deles não têm nada em seu interior, a não ser uma pequena piscina (ou algo parecido com uma piscina), poucas flores e algumas inscrições. Ninguém entra nestes templos, pois é um "templo mental", quer dizer, todos pensam e mentalizam boas vibrações para o Templo, sem a necessidade de se posicionar materialmente dentro dele; na verdade evitam entrar dentro deles para não prejudicar o que já foi mentalizado ali.

O filme corta novamente e mostra a Lua e a Terra, ambas em formação, depois enquanto dois planetas distintos; e finalmente da forma como entendemos a relação Terra-Lua. Voltamos no tempo.

No que hoje chamamos por Lua existiu vida, atmosfera, água em vapor. Não eram pessoas com dois braços e duas pernas, mas era alguma forma de vida material consciente. Assim como as formas de vida conscientes que habitaram o planeta Vênus deram origem às formas de vida que habitaram a Lua; as formas de vida conscientes lunares dariam origem às formas de vida da Terra, que conhecemos muito bem.

Mas em algum momento esse ciclo de geração e formação foi quebrado. E a vida surgiu na Terra antes do previsto, ou de forma diferente do que seria, caso o ciclo universal tivesse sido mantido.


"Eu tive um sonho, vou te contar: eu me atirava do oitavo andar"

Oitavo passo da ioga da Patanjali é chamado Nirvana, o "estado de consciência divino; ou o estado de consciência de Deus".


Olhando com atenção, nota-se que uma parte considerável dos seres vivos mais conscientes da época lunar conseguiram dar vida a um grupo de terceiros, ou seja, tornaram-se deuses (deusas, no caso). Contudo, uma terça parte deste grupo não foi capaz de alcançar tal status, por diferentes razões, dentre elas um crescente egoísmo, individualismo, ate mesmo materialismo e sentimentos dessa ordem, que tornaram proibitiva a continuidade da vida lunar, fazendo-a surgir abruptamente na Terra e para ela transbordando muito da água e da vida lunares.

Para que as criaturas que hoje dizemos ser humanas, tivessem forma, era preciso orientação.  Em seus primórdios, a chamada humanidade era muito mais inerte do que se possa imaginar - nada queriam fazer, nada faziam, meio que simplesmente existiam em estase. Antigos deuses, de tempos bem anteriores à época da vida lunar, assim como deusas lunares ajudaram a dar origem à humanidade, doando até parte de seus corpos sutis para gerar as almas humanas, impelindo-as a fazer algo que fosse condizente à capacidade mental que traziam por constituição.

Contudo, um certo grupo de quase deusas lunares se opôs a isso, ou não foi capaz de realizar o mesmo, sendo que seu desenvolvimento havia sido interrompido e precisava chegar até o final. Para piorar, vários deuses muito antigos, nativos dos planetas Mercúrio e Vênus se deixaram envolver pelo que ficou conhecido como sendo "A Revolta do V Senhor", arrastando para suas práticas inicialmente incompreensíveis uma larga porção das deusas lunares incompletas.

"A tradição chama as deusas lunares 'Barishades' e as quase deusas 'Banthe Jahuls' ", disse um dos simpáticos Mesrtes que nos disponibilizaram o vídeo.

O video volta a mostrar algo que poderia ser considerado cotidiano naquele lugar diferente e intrigante que os Mestres que pilotavam o disco voador chamam de "lar" - Agartha.

Dá-se a impressão de que todos - de aparência quase adolescente, muito esguios e de elevada estatura - são de algum modo casados ou pareados em casais heterossexuais profundamente monogâmicos, almas gêmeas. Não se viu casais se abraçando ou beijando, nem mesmo andando de mãos dadas, mas uma estranha sincronicidade une os pares masculinos e femininos por lá.

O que um começa a dizer, muitas vezes se torna a fala do outro, mesmo que estejam falando com pessoas diferentes, Existe um senso de cuidado que é difícil de explicar, como se se cuidassem um do outro e coletivamente uns dos outros.

Em determinado momento o vídeo mostra simultaneameente duas pessoas - uma delas parecia ser o Mestre Akdorge; o outro parece ser algum dos deles que por algum motivo inexplicado veio viver na face da Terra. Por lá, Akdorge é pura luz e força, assim como os demais, não se alimenta, mantem pensamentos puros e um olhar que emana compreensão e acolhimento; é encorajador, faz despertar um profundo otimismo em todos que sinceramente se aproximam dele.

O outro, vivendo entre nós, está doente. Tem vícios, alguns deles até bastante nocivos e complicados. Não inspira ninguém, meio que é um caso perdido, mais um numa multidão que exalta futilidades e idiotices.

"Os dois estão certos, porque eles têm karma diferente - o karma do Mestre Akdorge é ser luz e pureza; o do outro é ser luz em meio à escuridão, mas é difícil uma pessoa viver respirando fumaça tóxica e não se intoxicar, logo, não vemos com olhar de reprovação os vícios e problemas do outro, enquanto, em essência, ele continuar sendo quem é; enquanto existir dentro dele um forte desejo de sanar os seus vícios e ser por lá como ele seria, em nosso país - AGARTHA".

Curiosamente, ser luz, como é o caso do Mesrte Akdorge, é seu karma; assim como escrever este blog pode ser parte do meu. O karma do Mestre Akdorge é ser uma expressão muito intensa dos deuses do VI Sistema de Evolução; o meu karma é diferente, portanto, eu não preciso agir como se fosse feito de luz, porque não sou; e nem agir como se fosse o puro lixo da face da Terra, porque também não é o meu caso. Faz pensar.

Novo corte no vídeo - estamos no antigo Tibet, numa região repleta de Templos e de Mestres e Mestras muito evoluídos. Vê-se os Banthe Jahuls e suas respectivas contrapartes, formando bonitos casais espirituais. Estavam a bem pouco de alcançarem o status de deusas lunares, após milênios de extenuantes tentativas de lhes fazer recobrar a consciência; e de ampliar o seu entendimento para que deêm continuidade ao seu desenvolvimento.

Para tal, precisariam se uinir sexualmente aos seus respectivos pares, gerararem e darem nascimento a Devas (Anjos Sublimes) do V Sistema de Evolução.

Contudo, vem a recusa a se tornarem mães de seres evoluidíssimos, tarefa para a qual vinham sendo preparadas há milênios... e terminou com uma recusa soberba, como se disessem "somos superiores a isso".

Esse triste equívoco abriu as portas dos Templos a um Revoltado V Senhor, que fez por onde os Banthe Jahuls perderem tudo através do sexo. Foi um tipo de castigo interessante - por terem se recusado a gerar por sexo os filhos de um V Sistema de Evolução; o Mestre do referido Sistema fez por onde, através do sexo, eles perdessem absolutamente tudo.

O Templo foi destruído, os casais se perderam na pornografia e crimes; assassinaram uns aos outros, aos bebês que nasceram, aos Gêmeos Espirituais. Até mesmo esquartejaram e comeram partes dos Gêmeos  Espirituais, além de outras grosserias e violência similares aos bebês que nasceram. Literalmente se jogaram do oitavo andar...

E não pára por aí.

Igualmente revoltado, um Deus muito forte, chamado Mahimã, precisou ser contido por forças espirituais muito potentes, que não se revelam em nosso mundo devido aos efeitos notáveis que desencadeariam. Mahimã estava disposto a eliminar para todo sempre os Banthe Jahuls e seus associados, de modo que aqueles seres desapareciriam da evolução para todo o sempre, instantaneamente. Foi contido.

O sistema de Templos foi perdido e aqueles que estavam a um minuto da iluminação, voltaram para a Terra em encarnações péssimas, sem o menor resquício de consciência. Como diz a música:


"Eu me jogava do oitavo andar ... não deixe de cruzar o seu olhar com o meu, eu vou jogar meu corpo em cima do seu". Jogar meu corpo em cima do seu. Né?

"Eu tive um sonho, muitos soldados me procuravam dentro do meu prédio; e era preciso voar pelas escadas pra não deixar que eles chegassem perto". A famosa escada ou ioga de Patanjali - Arani Druva, Paraema, Pariapti, Samyama, Dharana, Dhyana, Samadhi, Nirvana...


Taí um castigo realmente ruim. Fazer com que a consciência dos Banthe Jahuls fosse reduzida a nada, levando-os a se comportarem como o puro lixo da face da Terra, sendo combatidos e se embrenhando num karma sexual nefasto cada vez mais. E mesmo dentre aqueles que ainda mantinham algum grau de consciência... jamais seria o bastante, seriam sempre vencidos pelos "inferiores".

Para tornar a situação ainda pior, o obscurantismo trazido à tona pelos Banthe Jahuls acabou por libertar demônios sombrios que lhes mataram aos milhões - Átila, Tamerlão, Gengis Khan; depois, novamente os mesmos como Hitler, Mussolini, Stalin. Sabe-se lá quantos foram mortos, esquartejados e abusados/estuprados por estes demônios. Estima-se que 1 a cada 200 mongóis tenham traços de DNA do exército de Gengis Khan em virtude do elevado número de estupros cometidos por eles.

Sem se darem conta, ao se jogarem do oitavo andar, os Banthe Jahuls abriram um ciclo de tragédias os envolvendo e em suas encarnações futuras, sendo perseguidos, decapitados, estuprados, toturados, bombardeados e humilhados por demônios que de certo modo guardam uma certa relação com o Revoltado V Senhor. E ainda pior, vivendo tudo isso sem se darem conta nem por um relance de quem eram, de quem foram, de que são. Esse (perda da consciência), sem dúvida é o pior castigo.

Curiosamente nos planos de Hitler, a França seria o bordel do mundo, daí permitir que lá fosse executado jazz e música "não-ariana". Bordel do mundo, repleto de Banthe Jahuls sendo mortos e humilhados por um demônio controlável pelo V senhor... "eu vou jogar meu corpo em cima do seu..." [adoro essa música].

A tela fica branca novamente. Muita luz.

Vê-se dois bebês sendo separados - um fica na Bahia, Brasil; a outra em Goa, Índia. São os Gêmeos Espirituais! A presença dessas crianças, depois adolescentes faz com que muitas coisas mudem de direção, como se outras leis físicas estivessem agindo sobre aquelas previamente conhecidas.

Mais luz - foram concebidos os Mestres Akdorge, Akgorge e os Dhyanis.

É como se isso acelerasse os processos que estavam acontecendo; é como se isso, no longo prazo, inviabilizasse a continuidade de uma oposição do V Senhor e dos deuses que se revoltaram em sua causa. Em virtude disso, muita coisa mudou, também, em Agartha.

Apesar de ainda serem as pessoas joviais pareadas umas às outras, mentalizando coisas bonitas etc. Mas muita coisa mudou. Alguns Templos foram remodelados, meditações e rituais foram modificados, algumas pessoas puderam entrar e outras sair; algumas mudaram de morada. Uma reunião centenária passou a ser convocada, a prtir de 1924, mas curiosamente a última ocorreu em 2021. Mas existe fé que a próxima será em 2124 conforme combinado. 

O vídeo parece mostrar em flashes a trajetória desses bebês, que se tornaram adolescentes, se encontraram na peça Tim tim por Tim Tim, se reconheceram como os Gêmeos Espirituais e numa ilha quase deserta geraram no seu primeiro encontro (União Mística Nârada) os Mestres Akdorge e Akgorge.

É como diz aquela música famosa "Mil e uma noites de amor com você - na praia, num barco, num farol apagado, num moinho abandonado, em MAR GRANDE, ALTO ASTRAL; lá em Hollywood pode tudo rolar, desde estrelas caindo vendo a noite passar; eu e você, na ILHA DO SOL".

Justamente numa das praias da cidade de Mar Grande, na ilha de Itaparica (a Ilha do Sol) que se deu a famosa União Mística dos Gêmeos Espirituais, Foi a cena mais bonita de toda a história conhecida, superando inclusive o reencontro do V Senhor à Sua Contraparte Imortal.

Netinho fez bem em gravar essa música. Apesar de não ser "netinho" do Vovô Henrique, como muitos de nós, de certo modo, somos.

O filme termina. Um dos Mestres diz "agora vou lhes contar o final da História".

"Ao final das contas, todos foram redimidos - o V Senhor, seus Assuras, Makaras, banthe Jahuls, enfim... todos foram redimidos. O filme teve um fnal feliz".

Notava-se uma expressão sincera de realiação no olhar do Mestre que nos mostrou o filme. Mais que isso, fez pensar...

Os deuses são os processos naturais, sendo que ao decidir por uma coisa ou outra, aqueles que por karma são os deuses acabam por perturbarem o equilíbrio dinâmico das forças universais, mudando a sua ação. E como resultado dessa mudança, muitas pessoas que ainda eram encarnações tortas, reminiscências esquisitas dos Banthe Jahuls, inconscientes, comoçaram a tomar alguma consciência de si.

Aqueles que mantiveram mais consciência começaram a se interessar pela Sociedade Teosófica Brasileira, fundada pelos Gêmeos Espirituais e que atuava como um ímã, atraindo essas pérolas de um colar de contas despedaçado.


Curiosamente o V Senhor não tentou destruir a STB. Estava ocupado controlando Hitler e realizando outros eventos, até o ponto em que foi Redimido, por força de muitos Banthe Jahuls que foram reorganizados pelos Gêmeos Espirituais. Ele se deixou redimir?

Boa pergunta e muito difícil de responder.

Acordamos.

Foi um sonho?

Coisas para pensar.








Tuesday, March 11, 2025

Sorte que eu tenho um irmão...

 


Tenho muita sorte por ter um irmão 15 meses mais novo que eu, que passou por tudo que eu passei até a adolescência. Até seguir rumo em uma faculdade e eu em outra - a decisão dele, muito acertada, a minha... não teria como dar mais errado do que deu.

Uma das poucas certezas que tenho a meu respeito é o fracasso, isso é fácil de demonstrar e difícil de refutar. Eu sou uma pessoa fracassada, que passará vida toda à base de prêmios de consolação.

A não ser em relação à esposa e filhos - foi muita sorte tê-los encontrado. Mas a sorte para por aí também.

Apesar que existem diferentes tipos de sorte - nada de mal me aconteceu até hoje (que eu não tenha provocado ou desencadeado voluntariamente através de decisões desastrosas), nunca tive um problema realmente complicado para resolver, nunca passei necessidade de alimento, casa e conhecimento.

Mas nunca consegui me fazer dar certo profissionalmente dentro da área que me interessa (música).

Fracassei de norte e sul, de leste a oeste, acima e abaixo.

Nisso acabei perdendo muito tempo e hoje, aos 45 anos, a minha situação é complicada.

Apesr de eu ter sido aprovado em concurso público, em virtude da idade avançada, não aposentarei. Na verdade, eu acho que vou morrer muito antes de ter idade para aposentar - faço bem em cotar seguro de vida e coisas do tipo.

Meu irmão, por outro lado, trilhou uma carreira excelente e eu tenho muito orgulho dele. Não canso de elogiar e falar bem dele para todas as pessoas que existem. Eu tenho muito orgulho dele e acho que ele faz coisas muito importantes.

Vamos ver um vídeo antes de prosseguir:



Legenda do video:

É mais comum do que você pode imaginar👇


1️⃣ ELE NÃO TEM DIREÇÃO, CLAREZA E ESTRUTURA.

👉Quando criança, ele não teve uma figura paterna que fosse capaz de fornecer uma sensação de estrutura e estabilidade.

👉Quando criança, o caos era tudo o que ele conhecia, agora, como adulto, ele luta para definir e atingir metas.

🎯DICAS

* Cerque-se de homens que você admira e que gostaria de ser.

* Faça parte de uma comunidade com pessoas vivendo uma vida que faça você se inspirar.

* Invista em um mentor pra te ajudar a criar um caminho claro pra atingir suas metas e te manter responsável.

2️⃣ MEDO DE ABANDONO E REJEIÇÃO

👉Quando um menino não teve uma figura paterna, quando ele cresce, é provável que ele inconscientemente acredite que a culpa de tudo é dele.

👉Isso leva esse homem a não ter autoestima.
Ele luta para manter relacionamentos porque não confia nos outros.

👉Ele tenta ser quem ele acha que os outros o aceitarão para evitar se sentir rejeitado como ele se sentiu quando era criança.

🎯DICAS

* Pratique perdoar seu pai e a si mesmo.
A culpa mantém você preso em um ciclo de vergonha, culpa e julgamento.

* Comece a descobrir quem você é desafiando a você mesmo de novas maneiras.

* Lembre-se de que as pessoas vão te amar pelo que você é, as pessoas que não te fazem bem precisam sair da sua vida

3️⃣ TENDÊNCIAS VICIANTES E COMPULSIVAS

👉Quando um menino não tem uma figura paterna, ele não entende limites.

👉Ele pode trabalhar demais para compensar sua falta de autoestima.

👉Para escapar da dor de se sentir “insuficiente”, um homem pode recorrer ao consumo excessivo de álcool, drogas, pornografia e alimentos não saudáveis.

👉Um homem que carrega feridas paternas normalmente não tem limites quando se trata de trabalho e diversão.

🎯DICAS

* Considere a dor que você está tentando evitar quando bebe, come e se masturba.

* Dedique tempo para trabalho, diversão e família, livre de distrações e separados uns dos outros.

* Encontre uma atividade que te fortaleça para canalizar seus impulsos e compulsões.


É engraçado ver esse tipo de vídeo; Sempre tem muito a ver comigo; sempre é o meu caso.

Curioso que ao lembrar da minha infância, não lembro de ter passado por nada ruim; era tudo ótimo - ótimo demais para ser verdade.

Muitas vezes eu fico lembrando de alguma série ou desenho animado em que um personagem muito forte e grande falava para o menor "se não vai por bem, vai por mal". Mas esse desenho não existe.

Na verdade, é provavelmente o que eu ouvi do meu pai quando criança; que de tão traumpático acabou sendo refconfigurado na minha cabeça para parecer um desenho, filme ou algo que não fosse real. Engraçado que eu sinto como se todo dia eu assistisse essa série inexistente; ou quem sabe eu ouvisse isso todos os dias, não é mesmo?

O inconsciente é de fato poderoso e se faz sentir de diferentes maneiras. Faz com que experiências profundamente traumaticas sejam lembradas como se fossem cenas de vídeos que não existem e que por mais que eu tente me convencer de que não existe, eu consigo lembrar até da TV, do chuviscado da tela.... mas não faz sentido. É o incinsciente.

Boa parte do meu fracasso veio desses traumas. E ter passado por isso é o que chamamos de karma. Fiz por onde isso acontecer comigo, infelizmente será desse jeito. 

Mais tarde eu continuo sobre este assunto, tenho algo um pouco mais importante para comentar e pouco tempo.

Vou deixar aqui uma bela música de um desenho formidável que meu menino mais novo ama; e faz muito bem em amar um desenho nota 10 assim.



Aliás, fica a dica para assistir a este filme. Se você gosta do que eu escrevo aqui, vai gostar desse filme. meu menino tem uma intuição muito forte, sempre encontra coisas formidáveis no mundo de informações em que existimos.

Filme completo:







Monday, January 13, 2025

E no caminho tinha um Cupim, tinha um Cupim no caminho...



Esses dias viajamos e na volta paramos no Restaurante Cupim (Posto Cupim), famosa parada na BR-040.

Ao menos para quem viajava de ônibus por lá nos anos 1980 e 90. 

Uma das coisas mais curiosas de ser pai é o quanto memórias antigas voltam à tona. Eu fico extremamente triste quando eu sou indelicado com os meus meninos. Fico muito chateado, desapontado, sentindo péssimo por gritar, ameaçar, humilhar uma pobre criança.


Me faz lembrar quem eu era.

O quanto de coisas erradas eu fiz na vida. Foram muitas.

Como a vez em que um "playboy" do bairro morreu num acidente de carro idiota (foi comprar pão para a mãe, resolveu acelerar o carro, passou no quebra mola, o carro bateu na árvore, morreu na hora). Lembro que na época eu ria disso, fazia graça, zombava, fiz até música para zoar.

É, eu sou esse tipo de pessoa.

Hoje em dia eu vejo as coisas de uma forma bem diferente.

Me pego pensando sobre o quanto aquela família deve chorar, até hoje, por conta disso. O quanto a mãe deve ter falado "Deus, por que não eu no lugar dele?". Não é alegre.

Meu histórico de idiotices e malfeitos é extenso, mas nada que envolva os outros. A não ser uma época que eu era muito apaixonado por uma menina que não queria saber de mim e todos riam... sempre riam, riem até hoje, por outros motivos.

Lembro que quando pequeno, toda noite minha mãe me contava a história do patinho feio e dizia "você é o patinho feio". Lembro disso claramente e eu ficava feliz por ela conversar comigo. Cresci vendo o mundo assim, pelas beiradas, pedindo licença, ouvindo comentários ruins, jocosos, maldosos, sozinho. Muito sozinho.

Eu sou uma pessoa muito envergonhada. Tenho muita vergonha de mim e das minhas coisas.

De vez em quando eu acho graça, quando alguém vê algum valor em mim. Meu instinto é reagir dizendo que está me confundindo com outra pessoa. Não é possível alguém gostar de algo como eu.

Não que eu seja inútil. Eu costumo ser muito útil e fico feliz em ajudar. Mas honestamente, não encontrei, até hoje, um motivo sequer para acreditar que eu não esteja entre as piores pessoas do mundo.

Mas não quer dizer que eu seja ruim que vá fazer coisas maldosas. Pelo contrário, eu quero terminar a vida com um saldo de boas ações, simplesmente porque eu gosto de ajudar. Eu sou rebelde e não é porque sou um dos piores seres humanos que preciso me comportar como tal. Quem manda em mim sou eu.

Depois estudar e refletir muito sobre o tema, fica claro para mim que o sintoma de achar graça de um "playboy" morto aos 15 anos de idade não era pela pessoa (que só conheci por nome). Diz de dores fortes, de programação psicológica malfeita.

Até porque crianças não sabem se criar sozinhas e a sensação que eu tenho é que cresci sozinho. Tinha quem me alimentasse, pagasse minha roupa, minha mensalidade na escola, mas parava por aí. Eu, sinceramente, trocaria todo esse "conforto" por uma mãe carinhosa e um pai atencioso. Por duas pessoas que vissem graça em mim, o que não foi o que aconteceu.

Lembro, ainda bebê ou muito novo, de ouvir meus pais comentarem entre si, referindo-se a mim "ele é estranho", "isso não é normal", "deve ser autismo". Isso lá pros idos de 1982, 83...

E quando meu filhinho lindo faz algo que me desagrada, sem me dar conta, não sou mais eu: é o meu pai falando comigo; minha mãe me virando as costas; meu irmão com vergonha de mim. Tudo isso se reune e eu grito e falo o que não precisava ser dito porque nada tinha a ver com o que o filhinho fez.

Só quem passa por essa experiência sabe bem como é...

Lembro claramente dessa música; eu era criança, fomos (eu e meu irmão) com a minha mãe até a UFMG, onde meu pai era pesquisador e professor. PEgamos o SC05, era um ônibus Mercedes carroceria amarela Caio Amélia II, era tipo 7h da noite. No rádio, o  motorista ouvia essa música do link acima. Quer ouvir? 
Lembro que ficava correndo na frente dela, ela gritando "ariomester, volta aqui, anda do meu lado"; o elevador do ICB quase fechou minha perna de tão estabanado que eu era. Cheguei fazendo festa no laboratório e fui mais ou menos repreendido. Daquele jeito "não se comporte como um idiota" (adaptado). Ok...


Esses dias viajamos e na volta paramos no Posto Cupim, famosa parada na BR-040.

Ao menos para quem viajava de ônibus por lá nos anos 1980 e 90.

Era uma parada obrigatória para os ônibus da Cometa que saiam ou chegavam em Belo Horizonte através da BR-040. Era o veículo que nos levava de férias para a praia, para a casa de parentes, enfim... era a concretização do nosso desejo de viajar, passear, visitar pessoas queridas.

E no meio do caminho havia um Cupim. E havia um cupim no meio do caminho. 

Lá era feito um pão de batata recheado com queijo maravilhoso. Na época era difícil achar esse pão nas padarias e o deles era realmente diferenciado. A parada vivia lotada, lembro claramente de acordar no meio da madrugada, ou pedir "pelo amor de Deus" para minha avó me acordar quando chegasse no Cupim.

Engraçado... eu observo muito os meus filhos e eles não precisam implorar por nada comigo. Será que eu implorava (me humilhava muito)? Acho que sim.

As memórias ficam muito difusas e meio que do nada eu vou lembrando de um monte de coisas, algumas com muitos detalhes (como o SC05) e outras menos detalhadamente.

Quando a minha mãe morreu, o mundo meio que apagou para mim.

Em vida ela sempre parecia distante. E ainda assim era a minha unica amiga, a única pessoa que vinha conversr comigo porque as demais ou riam ou me excluíam, ignoravam, rechaçavam... e eu ficava pelos cantos, pelas beiradas...

"Se não vai por bem, vai por mal"; "se você não concordar comigo eu vou te matricular no Orôncio (uma escola estadual péssima aqui perto de casa)"; "então fica sozinho aí no seu canto"; "ninguém quer saber disso que você gosta"... são coisasa que eu esqueci, por longas décadas nunca achei sequer que as tivesse ouvido, mas agora eu percebo muito bem que era assim que me tratavam.

Mamãe morreu em abril e em junho fomos até o litoral do RJ, casa de praia do tio Arydel. Não era mais a mesma coisa sem ela. Ainda apesar de tudo, sentia muito a sua falta. Lembro de voltar de lá num ônibus da Útil, viagem diurna. Eu ficava vendo a estrada da janela e sempre triste, sem energia, com uma forte sensação de fracasso, de "fim da linha".

Mais que perder uma amiga, perdi a chance de quem sabe deixá-la orgulhosa ou feliz por mim. É, dessa vez eu perdi. Sua partida selava o meu destino, sem chance de revisão da minha história. Era aguentar firme e assim tem sido até hoje.

Com o tempo, as memórias são esquecidas e nem nos damos mais conta delas, porque machucam.

Em psicanálise isso se chama "recalque".

Mas nós não nos livramos delas: as transformamos em comportamentos e outras coisas presentes no nosso jeito de ser. Cristalizamos ideias, crenças, idealizamos coisas absurdas, perdemos tempo correndo atrás de quem obviamente não nos quer por perto.

Zombamos da morte porque não morremos, mas em algum momento a corda aperta e não tem como evitar. Como a BR 040, sinônimo de alegria infinita na casa de praia; dos passeios ao por do sol com a mamãe, indo e vindo na beira da água do mar... que virou uma estrada triste.

E tinha um Cupim no caminho. E no caminho tinha um Cupim.

Esses dias viajamos e na volta paramos no Posto Cupim, famosa parada na BR-040.

Ao menos para quem viajava de ônibus por lá nos anos 1980 e 90.

E para minha surpresa, o local está praticamente abandonado. Vou deixar as fotos falarem por mim.

Há um cheiro forte de poeira no ar, cheiro de mofo, é muito escuro, as coisas não funcionam, tudo enferrujado, quebrado, empoeirado, meio que deixado pra trás. Não gostei.

Mas antes, para fechar, uma reflexão sobre o quanto nossas memórias são importantes e lindas. Na minha cabeça, ainda consigo ver o Cupim de madrugada, todo iluminado, o motorista da Cometa dizendo "parada, 20 minutos"... o pão de batata  caro(que vovó só comprava um para cada um)...

Esse belo prelúdio de dias felizes na casa de praia, comendo bobó de camarão... chorando no ônibus da EVAL ao ter que voltar para a rodiviária do RJ e de lá para BH, significando que o passeio na praia tinha acabado... da BR 040 triste numa segunda feira qualquer, de tarde, vista de um ônibus da Útil, que não parava no Cupim....

Eu tenho todas as lindas memórias e fico pensando em o quanto devemos nos importar com as memórias.


Eu lembro desse ano (2003). Eu comecei o ano muito apaixonado por uma menina chamada Karina (Meneghini) que não queria nada comigo, mas não deixava isso claro. Na verdade, eu que não queria ver o óbvio e seguia sonhando e incomodando a moça. Isso contraria minha regra geral, mas digamos que um belo dia, numa meditação profunda que fiz, um Mestre Iluminado como o V Senhor me disse que era "urgente e imperativo" estar perto dela, a qualquer custo (que não ferisse seu livre arbítrio). Foi um ano em que eu bebi muito, passei o ano alcoolizado, sem nem ter ressaca, pois bebia todos os dias, acordava e dormia cheirando a bebida. Pra todo lugar que eu ia ficava olhando se ali estava a Karina, evidentemente ela não estava. Num desses dias fui a um show do Charlie Brown Jr., banda que gosto muito e sempre fui aos shoews em BH. Foi um show no Ginástico da turnê do vídeo acima, provavelmente o mesmo repertório. Pela manhã eu bebi no DCE da PUC onde eu era aluno (de engenharia mecatrônica), de tarde fiz um show de pop rock com uma banda que eu tocava, vim em casa e fui para o show no Ginástico. Lembro que uma música acabou por chamar muito a minha atenção ("Luigar ao Sol"). Eu sou um pouco inerte a letras, não as entendo bem e não sinto falta delas, mas presto muita atenção e acho mais fácil de entender as melodias, arranjos, etc. Sem entender acabou sendo um tipo de divisor de águas. Ficou para trás um Ariomester bobinho e vim eu do outro lado. Mas na época, foi só um show ótimo que um menino bobo e idiota foi assistir. Link para a música (Lugar ao Sol) https://www.youtube.com/watch?v=2QJXc-qRA3s&list=RD2QJXc-qRA3s&index=1&t=3233s  


Meu pai morreu sabendo falar apenas o meu nome. Minha avó também. Foram eles que meio que me criaram depois que mamãe morreu e curiosamente, com demência profunda esqueceram o próprio nome, e tudo mais que se possa imaginar, exceto a palavra "Ariomester"... nisso que deu ficar gritando tanto comigo dizendo que ou eu ficava perto deles, ou iriam embora e me deixar pra trás para ser sequestrado e morto.

E quem nunca, de uma forma ou de outra, não me disse "Ariomester, vá embora, aqui não é o seu lugar, você não é bem vindo aqui". Muito suspeito é quando isso não acontece.

Para ver memórias boas, precisamos lidar com as ruins, também.

Fica aí uma bonita reflexão.


Achamos muito estranho... o lugar parecia abandonado, entrei por pura teimosia.


É, ainda funciona.. até certo ponto.



Esse balcão redondo, com aquelas fotos iluminadas dos lanches deve ser original dos anos 80/90

É meio caro (R$12/pão de batata com queijo assado no local)



Essa foto foi feita às 16h. Estava super escuro lá dentro, não tem mais iluminação a não ser no caixa e no forno do balcão central


Não dá para sentar nas mesas por causa da poeira e porque a maioria delas está quebrada/enferrujada


Banheiro em condições lastimáveis


Banheiro em condições lamentáveis, cheio de remendo, cheira muito mal, muito sujo


Muitas teias de aranha grande por lá



Os meninos resolveram entrar nesse brinquedo e ficaram tossindo por causa da poeira


Isso deve ser da época 80/90 - um tipo de aquário em forma de barco



Tem uma infinidade de coisas, mas não tem mesa para sentar e nem um serviço decente. E tudo é caro.


Espaço kids.



Muita coisa enferrujada (inclusive portas e janelas)


Espaço kids fechado porque o brinquedo está em péssimas conmdições. Não há indicação de risco ou impedimento - qualquer hora uma criança sobre ali, o brinquedo despenca e machuca.